O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor (Pr 17:3)
Mt 3:11-12; 13:22; 1 Pe 1:6-7; 3:12-13
Ao
anunciar o Senhor Jesus, João Batista disse: “Eu vos batizo com água,
para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do
que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o
Espírito Santo e com fogo” (Mt 3:10). Segundo uma corrente de
interpretação, o termo “fogo” nesse versículo, de acordo com o contexto,
é o fogo inextinguível, mencionado no versículo 12, o lago de fogo (Ap
20:10). De acordo com essa interpretação, o fogo e o Espírito Santo
estariam separados, ou seja, quem recebe o Senhor Jesus é batizado com o
Espírito Santo; quem não O recebe, é batizado com fogo. Porém cremos
que, se fosse assim, a conjunção seria “ou”, e não “e”: “Ele vos
batizará com o Espírito Santo ou com fogo”. Contudo não foi isso que o
Senhor falou, e sim: “Com o Espírito Santo e com fogo”.
Aplicando esse
versículo segundo nossa experiência, podemos dizer que o Senhor batiza
os crentes com o Espírito Santo quando creem Nele e os submete a
umtratamento de fogo para purificá-los, como o fogo purificao ouro (1 Pe
1:6-7).
Pedro provou
bastante desse fogo purificador do Espírito e foi muito transformado. O
Pedro dos evangelhos é bem diferente do Pedro de Atos e do Pedro que
escreveu as duas cartas. Nos evangelhos encontramos um Pedro com a vida
da alma muito forte, a qual foi exposta pelo Senhor não apenas uma ou
duas vezes, mas em muitas ocasiões. Toda vez que o Senhor lhe
desmascarava a vida da alma, causava um sofrimento para ele. Embora ele
se submetesse a esse tratamento naquele momento, pouco depois suas
opiniões e seu ser natural se manifestavam novamente.
Por fim, depois
de várias provações, ele já não era um Pedro natural, mas um Pedro
transformado. Por isso ele pode dizer: “Amados, não estranheis o fogo
ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma
coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário,
alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de
Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis
exultando” (1 Pe 4:12-13).
O Espírito Santo e
o fogo não estão separados, mas juntos. Onde há Espírito Santo há fogo.
Vamos tomar como exemplo uma reunião da igreja: quando nos reunimos e
cantamos, oramos, compartilhamos no Espírito, acaso sentimos gelo dentro
de nós? Não; antes, o sentimento é de fogo, de calor, de fervor no
espírito! Por isso alguns até saltam e pulam! As labaredas espirituais é
que os fazem pular! No Espírito há fogo, e devemos aproveitar quando
estamos no Espírito para queimar a vida da alma.
Em Mateus13,
temos a parábola do semeador: a semente caiu em quatro tipos de solo. A
terceira situação é a da semente plantada entre os espinhos, que
representam as preocupações da vida e a fascinação das riquezas. Como o
espinheiro é um mato, se apenas o cortamos, ele brota de novo! Isso está
relacionado com eliminar a vida da alma por meio do sofrimento. A
melhor maneira é queimar o mato, queimar os espinhos. Isso indica que
não podemos apenas “cortar” a vida da alma; é preciso queimá-la com o
fogo do Espírito Santo!
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
www.radioarvoredavida.com
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