A pressão das circunstâncias: | |
Não só o pecado e a necessidade criam pressão, mas as circunstâncias produzem-na também. Deus permite que os crentes passem pela pressão das circunstâncias para que vivam diante Dele. Freqüentemente, situações adversas são levantadas na vida dos filhos de Deus. Alguns são perturbados pelos familiares, outros, pelos amigos. Alguns podem sofrer perdas nos negócios; outros podem ser perseguidos pelos colegas. Uns podem ser hostilizados ou mal-interpretados pelas pessoas; outros podem ter dificuldades financeiras. Por que todas essas coisas lhes sobrevêm? Muitos crentes normalmente não reconhecem quão preciosa é a vida regenerada que receberam. Embora sejam nascidos de novo, são ainda ignorantes do fato de que sua vida regenerada não tem preço. Mas, uma vez que estejam sob pressão, eles começam a apreciar sua vida regenerada porque essa nova vida que Deus lhes deu os capacita a vencer em todas as situações. Todas essas pressões exteriores podem provar a realidade da vida regenerada e de seu poder. O Senhor propositadamente nos coloca em situações adversas a fim de nos lembrar que, sem Sua vida, não podemos suportar. O poder da Sua vida é manifesto através da pressão exterior.
Muitos cristãos consideram, como vida boa, aquela que tem poucas dificuldades e angústias. Sempre que deparam com alguma coisa dolorosa, eles pedem a Deus para removê-la. Podemos dizer que eles estão vivendo, mas isso certamente não pode ser chamado de ressurreição. Suponhamos que, em sua constituição natural, você pudesse suportar a censura de dez pessoas, mas não mais; assim, pede a Deus para não permitir que você seja tentado acima da censura dos dez. Mas Deus permite que a pressão de onze pessoas venha sobre você. Em tais situações, você, por fim, clama a Ele que não pode mais suportar, pois está além da sua capacidade. Permita-me dizer que Deus, não obstante, deixará que você seja pressionado além daquilo que seu próprio poder e paciência e bondade naturais possam suportar. O resultado será que você dirá a Ele que não pode mais suportar e pedirá que lhe conceda o poder para vencer. Naquele momento, você experimentará um poder novo e maior que pode suportar crítica, não apenas de dez, mas até de vinte pessoas. Você veio a reconhecer e experimentar que, quanto maior for a pressão, maior seu poder; e que, sempre que estiver sem poder, é porque você não foi colocado sob a disciplina da pressão. Fonte: "O Poder da Pressão" de Watchman Nee |
Celebremos a festa não
com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os
asmos da sinceridade e da verdade (1 Co 5:8)
Mt 13:33; 1 Co 2:13;
5:8
Os discípulos não tinham entendido o que o Senhor dissera a respeito de
trabalhar pela comida que não perece e ainda estavam preocupados com o pão
físico. É o que lemos nesta passagem bíblica: "E Jesus lhes disse: Vede e
acautelai- vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Eles, porém, discorriam
entre si, dizendo: É porque não trouxemos pão. Percebendo-o Jesus, disse: Por
que discorreis entre vós, homens de pequena fé, sobre o não terdes pão? Não
compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de
quantos cestos tomastes? Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos
cestos tomastes? Como não compreendeis que não vos falei a respeito de pães? E
sim: acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Então, entenderam
que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina
dos fariseus e dos saduceus" (Mt 16:6-12).
A pura palavra de Deus é como
um pão asmo, preparado sem fermento (1 Co 5:8). Assim como o fermento torna o
pão macio e facilita a sua degustação, há ensinamentos humanos que algumas
pessoas inserem na Palavra de Deus, criando uma interpretação peculiar para
facilitar a aceitação equivocada dessa palavra. Essa mistura induz muitos ao
erro de acolher certos ensinamentos humanos como se fosse a palavra
divina.
O Senhor Jesus se referiu a
isso na seguinte parábola: "O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma
mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado" (Mt
13:33). Para fazer a vontade de Deus, que é trazer o Seu reino, não cogitamos
das coisas dos homens, e sim das coisas de Deus. Portanto a Bíblia deve ser
interpretada à luz da própria Bíblia (1 Co 2:13).
Sabemos pela história que
durante vários séculos a Bíblia esteve inacessível à grande maioria da
população, que não a podia ler. Somente autoridades eclesiásticas do alto
escalão tinham acesso às Escrituras, mas não as transmitiam com fidelidade ao
povo; antes, misturavam seus próprios ensinamentos, construindo tradições
religiosas que nada tinham a ver com Deus.
Com a reforma protestante,
Martinho Lutero tornou a Bíblia acessível a todos, de modo que hoje cada pessoa
pode ter acesso direto às Escrituras e, dessa forma, rejeitar qualquer
ensinamento que não esteja de acordo com a pura Palavra de Deus. Vamos valorizar
a pura Palavra, que é o nosso verdadeiro alimento.