15 janeiro, 2012

Negar a vida da alma para reinar com Cristo

Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me (Lc 9:23)
Mt 5:2; 7:24; 16:22-24; Hb 2:5; Ap 2:26-27; 5:10

Como vimos em semanas anteriores, no passado, considerávamos que os capítulos 5, 6 e 7 de Mateus diziam respeito à constituição dos cidadãos do reino dos céus, ou seja, aos requisitos para ser o povo do reino. Mas hoje sabemos que o povo do reino dos céus será formado pelas nações, as ovelhas de Mateus 25. Aqueles que ajudarem os filhos de Deus durante a grande tribulação farão parte das nações.
Para nós, porém, o Senhor reservou uma incumbência maior. No reino milenar, não seremos apenas cidadãos comuns, mas iremos reinar sobre o mundo vindouro (Ap 5:10). É para esse fim que o Senhor está nos conduzindo.

Portanto as palavras contidas em Mateus 5, 6 e 7 se destinam hoje a nós, que estamos nos preparando para governar, administrar o mundo que há de vir. O povo do reino não precisará cumprir esses requisitos, mas nós, sim, precisamos estar claros desse assunto e praticar já essas palavras (Mt 7:24).

Na série anterior do Alimento Diário, vimos que o mundo de outrora foi corrompido por Lúcífer, que se tornou inimigo de Deus, e o mundo presente está sob seu domínio. Deus deseja restaurar Seu reino de justiça e paz sobre a terra. Isso ocorrerá quando se manifestar o mundo que há de vir, o qual Ele submeterá ao governo de Cristo, o Leão da tribo de Judá, com quem cooperarão os homens regenerados e transformados, nesta era, pela vida divina. Foi para isso que Deus nos criou (Hb 2:5).

Todavia nós, que desejamos reinar com Cristo na era vindoura, ainda temos um caminho a percorrer. O primeiro item é negar a vida da alma (Mt 16:24). Todos nós já devemos estar praticando isto: deixar a alma ser controlada e governada pelo Espírito. Sabemos que há coisas aparentemente boas em nossa vida da alma, mas Deus não as quer, pois existe um perigo. Essas coisas, aparentemente boas, em algum momento se opõem à vontade de Deus (vs, 22-23). Diante disso, a primeira bem-aventurança, ou seja, o primeiro requisito para reinar, é ser humilde de espírito (5:2). Esvaziando-nos da vida da alma, estaremos livres daquilo que, mesmo sendo bom, se opõe à vontade de Deus.

O deserto é a américa do sul

Foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente (Ap 12:14)
2 Co 13:11; Hb 2:5

Olhando com atenção o mapa-múndi, veremos que o contorno formado pela América do Norte e América Central se assemelha a uma águia pousando. Quando uma ave se prepara para descer, recolhe parcialmente as asas e coloca as duas patas para frente; assim ela pode pousar de maneira suave. Ainda observando o mapa, podemos perceber que o lugar onde essa "águia" está pousando é a América do Sul.
Amados irmãos, estamos às vésperas da volta do Senhor, e haverá um período de três anos e meio antecedendo Sua vinda. Esse período é chamado de grande tribulação e afetará principalmente a Europa. Todas as pessoas temem a grande tribulação, pois será um tempo de muitas catástrofes mundiais, de guerras, terremotos, fome etc. Os homens ficam atemorizados por causa do sofrimento que virá. Deus, porém, está preparando a América do Sul para sustentar a mulher universal durante esses três anos e meio. Além de celeiro agrícola, a América do Sul possui muitos recursos hídricos e riquezas minerais.

Embora o Senhor esteja preparando a América do Sul para sustentar a mulher universal, esperamos não estar aqui na terra durante a grande tribulação, já que anelamos fazer parte do filho varão, que será arrebatado até o trono de Deus para reger as nações. Devemos cooperar, portanto, com a formação do filho varão em todos os continentes, pregando o evangelho do reino, para sermos arrebatados juntamente com eles.

O tempo está passando; precisamos desfrutar essa palavra do Senhor, ruminá-Ia e praticá-Ia. O Senhor é cheio de graça e nos supre de maneira tão abundante! Ele vai além do que pedimos ou pensamos. Onde quer que o Senhor tenha colocado você, se na Europa, África ou Américas, você precisa agradecer-Lhe e buscar aperfeiçoamento para governar o mundo que há de vir (2 Co 13:11; Hb 2:5). Lembrem-se de que nós não seremos o povo do reino dos céus; seremos reis juntamente com Cristo. Aleluia!

14 janeiro, 2012

A maneira de Deus preservar seu povo durante a grande tribulação

Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos. (Ap 15:3b-4)
Ap 11:2; 12:6, 14

Apocalipse 12:15 diz que "a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio". O dragão arrojou suas águas a fim de elevar o nível do mar Mediterrâneo para inundar toda a Palestina, de onde a mulher universal se originou, a fim de destruí-Ia.
Louvado seja o Senhor, pois "a terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca" (v. 16). Deus é sábio; Ele fez com que a terra abrisse a boca e engolisse o rio. Isso corresponde ao Estreito de Gibraltar, a passagem que foi aberta naturalmente, ligando o mar Mediterrâneo ao oceano Atlântico. Essa passagem abaixou o nível das águas do Mediterrâneo, nivelando-o às águas do oceano.

Recentemente fui à Europa e fiz questão de visitar o Estreito de Gibraltar, que é por onde as águas do mar Mediterrâneo desembocam no oceano Atlântico. A olho nu, é possível ver Marrocos do outro lado, no norte da África. Pude, assim, consolidar a visão de Apocalipse 12 que recebi do Senhor.

Em eras passadas, o mar Mediterrâneo ficou isolado do oceano. Até que, por um tempo, o nível de suas águas subiu inundando vastas áreas, mas "a terra abriu a boca e engoliu o rio". A terra, por causa da erosão, reabriu a passagem do Mediterrâneo para o Atlântico. Esse acontecimento geológico mostra como a Palestina, terra de origem da mulher universal, foi preservada no passado. Semelhantemente, o Senhor a preservará naquele dia.

A Bíblia também registra que "foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto" (v. 14). O irmão Witness Lee afirmava que a visão da águia se referia ao continente norte-americano. Como o símbolo dos Estados Unidos é uma águia, ele interpretou que aquele país seria a águia, e as duas asas seriam os oceanos Atlântico e Pacífico. Segundo sua interpretação, o deserto também estaria no continente norte-americano.

O Senhor, porém, nos revelou algo mais. Se você olhar o mapa-múndi, perceberá que o contorno da América do Norte e da América Central se assemelha a uma águia com duas asas em recolhimento, pousando. A mulher universal recebeu as duas asas "para que voasse até o deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente" (v. 14). Aqui diz que o Senhor protegerá a mulher no deserto, um lugar preparado por Deus para sustentar a mulher durante 1260 dias (12:6), o que equivale a 42 meses (vs. 14; 11:2). Isso significa que ela será guardada pelo período de três anos e meio, o período da grande tribulação.

A grande tribulação alcançará a Europa e durará três anos e meio. Durante esse período, a mulher será sustentada e guardada no deserto. Vemos, assim, que o deserto tem papel fundamental no plano de Deus revelado pela visão de Apocalipse 12.

13 janeiro, 2012

A visão de Apocalipse 12

Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono (Ap 12:5)
Rm 15:24, 28; Ap 12:1-15

Ao longo desses anos o Senhor nos tem dado mais visão sobre a África, com base em Apocalipse 12. Vimos que o continente africano, no mapa-múndi, se assemelha a um feto encurvado, em formação dentro do ventre materno. Isso está relacionado à produção do filho varão e diz respeito aos vencedores (v. 5). Uma vez que a África ainda não produziu esses vencedores, pois o filho varão ainda não está completamente formado, precisamos continuar pregando o evangelho do reino naquele continente e até os confins da terra (Mt 24:14; 28:19; At 1:8). Quando sua formação estiver completa, será um varão perfeito, pois englobará os vencedores não apenas da África, mas também de todos os lugares, de todas as igrejas. Há muitos irmãos na condição de vencedores nos grupos cristãos, mas precisamos gerar mais vencedores pela pregação do evangelho do reino, porque sabemos que os que fizerem parte do filho varão não passarão pela grande tribulação, mas serão arrebatados até o trono de Deus para reger todas as nações.
Apocalipse 12 diz que "o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse. Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono. A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias" (vs. 4-6).

A mulher representa a igreja como um todo, onde os vencedores são produzidos, e o fato de ela ter fugido representa o restante da igreja - aqueles que não forem arrebatados -, que será perseguido pelo grande dragão. A parte da igreja que ficar, sofrerá perseguição, e toda a ira do grande dragão será contra ela.

Perseguidos por causa da justiça

Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós (Mt 5:11-12)
Mt 5:10-12

Devemos viver em justiça e retidão diante de Deus e rejeitar tudo que está vinculado ao pecado. Aqueles que viverem assim serão fartos e se tornarão a justiça de Deus (Mt 5:6). O Senhor diz: "Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus" (v. 10). Se você faz algo errado e é perseguido por causa de seu erro, isso é devido, mas, se você faz algo justo, algo que está no coração de Deus, e mesmo assim é perseguido em razão da justiça, então o reino dos céus será seu.
No versículo seguinte temos: "Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós" (v. 11). Aqui se pode ver algo ainda mais sério. Quando você tem a vida divina e é chamado filho de Deus, o inimigo faz de tudo para injuriá-lo e caluniá-lo. Você deseja cumprir a justiça de Deus, mas muitos o difamarão e perseguirão por causa do Senhor e, mentindo, dirão todo mal contra você.

Em situações assim devemos permanecer firmes, pois Jesus diz: "Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus" (v. 12). Isso é um grande encorajamento para não desanimarmos diante de perseguições ou injúrias cometidas contra nós por causa da justiça de Deus.

Se não nos deixamos abater, é até provável que surjam situações mais difíceis pela frente. É como se ocorresse uma intensificação progressiva: começa com uma perseguição aqui, depois uma injúria, uma calúnia, uma mentira, todo mal. A maioria dos irmãos não passa por isso, todavia somos injuriados e perseguidos quando nos entregamos ao Senhor por causa da visão do reino e da comissão de suprir com a vida divina todas as pessoas.

Na vida da igreja, vivemos harmoniosamente; procuramos ser misericordiosos, amar as pessoas, fazer de tudo para que o evangelho do reino seja pregado e as pessoas recebam vida. Quando fazemos isso, Satanás levanta pessoas malignas para nos incomodar, injuriando, mentindo e perseguindo. Não precisamos revidar nem entrar em conflito com elas, pois nosso modelo é o Senhor Jesus (Is 53:7). Tudo isso vem mostrar que estamos no caminho do Senhor e que somos bem-aventurados. Louvado seja o Senhor!

A direção na presença de Deus

Não existem bons filhos que tenham vindo de situações aleatórias ou que sejam obra do acaso. Todos sabem que, quando se jogam dados para cima, abre-se uma probabilidade muita pequena de vir o número esperado. Se há poucas chances de cair o número desejado com o dado que tem apenas seis lados, o que dizer da criação de filhos que por natureza são complexos e apresentam uma infinidade de faces?
Os pais devem reconhecer, logo no início de sua carreira como tutores de seus filhos, que não podem sozinhos conseguir, no meio de um tempo conturbado como este em que vivemos, gerar filhos saudáveis e úteis para o propósito de Deus. Em nenhuma geração que já passou, foram encontradas condições tão propícias e fáceis para que os filhos se percam como esta em que estamos vivendo. Muitos filhos são arrastados para a promiscuidade, para a formação de grupos que buscam o perigo, e para “esportes” que promovem a autodestruição por não verem mais sentido em suas vidas. A correnteza é forte demais para os pais ou mesmo os filhos superarem tão íngreme subida sozinhos.
O livro de Êxodo registra a saída dos filhos de Israel do Egito e o percurso desses do deserto rumo à terra da promessa, Canaã. O livro fala que, em um dado momento da travessia, Moisés disse: “Se tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar” (Êxodo 33:14, 15). Essa atitude que revela incapacidade e dependência deve ser a mesma que os pais devem experimentar. Será que você reconhece a dificuldade que é o “deserto” da criação de filhos? Será que confia em sua habilidade e experiência humana para conduzir seus filhos por esse caminho tão perigoso? Moisés disse: “Não nos faças subir”. Ele sabia que colocaria tudo a perder se fizesse tudo sozinho. Sem dúvida, em algum momento do trajeto, ele não saberia se o caminho que devia seguir era pela esquerda, direita, se seguiria em frente, se subiria ou se teria que parar. As possibilidades eram muitas. Fica evidente que não podia avançar sem a presença de Deus. E, nós, pais, que também não sabemos o caminho, deveríamos temer seguir baseados em nosso próprio sentimento e em nosso próprio senso de direção.
A declaração de Moisés parecia ainda querer dizer: “A responsabilidade é grande e não sei como proceder. Não quero arriscar, não quero tentar primeiro para depois descobrir que não sabia e que não podia conduzir o povo; não tenho tempo a perder, não temos outra chance, por isso, não nos faça subir sem Tua presença”.
Se a falta da presença do Senhor podia chocar e paralisar Moisés, a presença Dele, por outro lado, era uma garantia de que eles chegariam a seu destino. Podemos dizer, aplicando essa palavra a nós, pais, que com a presença do Senhor não apenas retiraremos nossos filhos do Egito e os atravessaremos pelo grande e longo deserto, bem como conseguiremos introduzi-los na boa terra que Deus prometeu. Com a presença do Senhor, temos Seu guiar, Sua proteção, Seu conforto e o suprimento de que precisamos para seguir em frente.
Muitos pais têm perdido seus filhos para o mundo porque até agora têm usado seu jeito, sua força e destreza humana para conduzi-los ao Senhor. Moisés reconheceu que, para vencer as investidas do inimigo que certamente se levantaria no caminho, era necessário contar com a orientação viva do Senhor junto dele.
Se a presença do Senhor é tão essencial para os pais, então eles devem esforçar-se para tê-la constantemente. Os pais devem buscar juntos o Senhor e fazer com que seu lar fique cheio da presença de Deus. Por exemplo, buscar o Senhor pela manhã vai resultar na primeira orientação de Deus para os pais de como tirar os filhos do Egito, atravessarem-nos pelo deserto e introduzi-los, por fim, em Canaã, a qual prefigura Cristo, nossa meta e alvo.
É com a presença de Deus e não com tentativas humanas que os pais descobrem o caminho que deve ser aberto para os filhos seguirem.

11 janeiro, 2012

Misericordiosos, puros de coração e pacificadores.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mt 5:7). Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo (Tg 2:13)
Mt 5:7-9; Jo 1:14, 17; 2 Tm 1:16, 18

Louvado seja o Senhor por Seu grande amor, graça e misericórdia: "Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sais salvos" (Ef 2:4-5). Estávamos mortos em nossos delitos, em uma situação miserável; éramos pecadores e inimigos de Deus, mas, por Sua misericórdia, Sua graça nos alcançou e nos salvou.
A misericórdia vem da graça de Deus, que é o próprio Senhor Jesus nos amando e nos alcançando. Ele "habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. [ ... ] A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (Jo 1:14,17).

Jamais podemos esquecer que fomos alvo da misericórdia de Deus: estávamos destinados à morte eterna, éramos materiais para o lago de fogo (Ap 21:8), mas Ele, em Cristo, nos salvou. Já que Deus nos alcançou com Sua misericórdia e mudou nosso destino, agora é hora de sermos misericordiosos com os outros: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia" (Mt 5:7). Aqueles que viverem dessa maneira alcançarão misericórdia (2 Tm 1:16, 18).

Logo após falar sobre misericórdia, o Senhor Jesus diz: "Bem-aventurados os limpos [puros] de coração, porque verão a Deus" (Mt 5:8). Uma vez que o coração humano inclui a consciência, que é parte de nosso espírito, ser puro de coração tem relação com a primeira bem-aventurança, que é ser esvaziado no espírito. Não há dúvida de que nosso coração tem de ser puro, sem mistura, sem mancha (SI 24:3-6). Ao sermos salvos pelo Senhor, fomos também purificados interiormente. Se mantivermos o coração puro, seremos bem-aventurados porque veremos a Deus.

A seguir temos: "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5:9). Se você nega sua vida da alma, a vida de Deus cresce, portanto você não terá problema com os homens. Perceberá em seu íntimo que é possível viver em harmonia com todos. Dessa maneira, as pessoas a seu redor também serão pacificadas. Aleluia! Os pacificadores serão chamados filhos de Deus! Temos a vida de Deus dentro de nós. O Senhor "não é de confusão, e sim de paz" (1 Co 14:33a; 1 Ts 5:23a), e nós também temos de viver em paz com as pessoas (Rm 12:18), pois temos a vida e a natureza de Deus.

10 janeiro, 2012

Arrependidos, mansos, sedentos e famintos

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados (Mt 5:4)

SI 37:11; 94:15; Mt 5:4-6; 1 Co 5:1-2; 2 Co 5:10, 21; 7:6-10

Passamos a ver em Mateus 5 como deve ser o viver daqueles que participarão do reino dos céus. O segundo item mencionado pelo Senhor Jesus neste capítulo é: "Bem- aventurados os que choram, porque serão consolados" (v. 4). Esses são os que choram por causa de sua própria condição, por verem que ainda vivem pela vida da alma e que não estão preparados para entrar no reino dos céus. Mas Deus já lhes preparou tudo: são bem-aventurados porque, com lágrimas, se arrependem e se lamentam. Quando há arrependimento, tornam-se bem-aventurados e são consolados pelo próprio Senhor. Para esses, o versículo até poderia ser assim: "Bem- aventurados os que se arrependem, porque serão consolados".
Após escrever a primeira carta aos coríntios, Paulo ficou desolado ao sentir que foi muito severo com o irmão que havia pecado, uma vez que os responsáveis da igreja não o fizeram (1 Co 5:1-2). Foi como se tivesse dito: "Embora não esteja em presença, estou em espírito, e com meu espírito vou tratar dessa situação: eu entrego essa pessoa a Satanás" (cf. vs. 3-5). Por certo percebeu que, mesmo havendo usado seu espírito para tratar do assunto, não o fez da maneira como o Espírito de Deus gostaria de tratar (2 Co 7:8-10). Paulo se arrependeu, mas ficou atribulado e abatido, talvez até em lágrimas. A caminho de Filipos, porém, ele se encontrou com Tito e foi consolado com sua chegada (vs. 6-7). Bem-aventurados, portanto, os que choram, os que se arrependem de seus erros, porque serão consolados.

Mateus 5:5 diz que também são "bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra". Hoje as nações estão sob a usurpação de Satanás. O governo da terra por vir será entregue aos mansos (SI 37:11); não haverá porção para os violentos. Uma vez que a vida de Deus cresce em alguém, este se torna manso.

Quando o Senhor vier em Sua parousía, em Sua segunda vinda, Ele estabelecerá Seu tribunal, não para condenar ou julgar os incrédulos, mas para verificar se a vida de Deus cresceu em Seus filhos e se poderão ou não governar com Ele (2 Co 5:10).

No passado pensávamos que, ao nos julgar em Seu tribunal, o Senhor nos mostraria todos os pecados que cometemos. Mas agora recebemos mais luz e podemos ver que não será assim: seremos avaliados quanto ao crescimento da vida de Deus em nós. E já sabemos que a vida divina só pode crescer se negamos a vida da alma.

Em Mateus 5:6 lemos que são "bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos". Os que têm fome e sede de justiça são aqueles que buscam coisas justas e rejeitam tudo que se relaciona ao pecado. Procuram viver em justiça e retidão diante de Deus. Anelam voltar à condição de justiça para a qual Deus nos criou, pois têm fome e sede de justiça (SI 94:15). Esses, portanto, serão saciados pelo Senhor e se tornarão a justiça de Deus (2 Co 5:21).

09 janeiro, 2012

Esvaziar-se para entrar no reino

Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tomando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou (Fp 2:6-8a)
Mt 5:1-3; 16:24; Jo 12:31; 2 Co 4:4

Depois de ser batizado e ungido pelo Espírito, Jesus deu início a Seu ministério na terra pregando: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 4:17). Para que essas palavras fossem compreendidas, Ele tinha de ensinar Seus discípulos a respeito do reino dos céus, mostrando-lhes como deve ser a condição daqueles que entrarão no reino: "Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-Ias" (5:1-2). Jesus não dirigiu a palavra à multidão ali presente, mas a Seus discípulos, porque contava com eles para que o evangelho do reino dos céus fosse pregado.
Sempre se considerou Mateus 5:3-13 apenas como as nove bem-aventuranças, mas essa passagem descreve, na verdade, como deve ser o viver daqueles que, um dia, participarão do reino dos céus. O primeiro item diz respeito a ser pobre em espírito: "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus" (v. 3 - VRC). Ser pobre em espírito está relacionado a esvaziar-se, a negar a vida da alma.

O Senhor nos mostrou que, para entrar no reino dos céus, temos de passar pela etapa da igreja. A igreja foi revelada em Mateus 16:18: "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja". No versículo 24, Ele diz como se deve viver na igreja: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me".

Ao longo desses anos, o falar do Senhor deixou evidente que, para vivermos a vida da igreja, é essencial negar a vida da alma. Jesus diz que são "bem-aventurados", benditos, felizes os que se esvaziam, que negam a vida da alma para entrar no reino, pois o reino dos céus pertencerá àqueles que são humildes de espírito. Entretanto, se alguém preservar sua vida da alma, o reino dos céus não lhe será garantido. É por esse motivo que, nesses últimos tempos, o Senhor nos tem falado muito sobre negar nossa vida da alma. Agora vemos que Mateus 16 também nos apresenta a condição para entrar no reino vindouro: ser uma pessoa que se esvazia no espírito.

Devemos ter clareza acerca deste assunto: para sermos governantes no mundo que há de vir, precisamos dia a dia negar a vida da alma. Se praticarmos isso, o Senhor, quando voltar, nos estabelecerá no governo do reino dos céus.

Existem mais de duzentas nações atualmente, e todas estão debaixo da influência do príncipe deste mundo, que é Satanás (Jo 12:31; 2 Co 4:4). Mas, se cumprirmos os requisitos de Deus, o reino vindouro será entregue a nós. Precisamos ser pessoas esvaziadas no espírito, que negam a vida da alma para a vida de Deus crescer; desse modo, o reino vindouro será nosso. Louvado seja o Senhor!

Vamos despertar, pois vem chegando o dia!

E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia (Rm 13:11-12a)
Mt 25:30; 1 Jo 3:1-2; Ap 20:6; 22:14

Hoje vivemos na era da igreja. Depois dela, virá o reino milenar, e somente depois a nova Jerusalém descerá dos céus. Todos os regenerados pela vida divina entrarão na nova Jerusalém (Ap 22:14). Nela Deus estará totalmente mesclado conosco; seremos semelhantes a Ele em vida e natureza (1 Jo 3:1-2). Entretanto, entre a era atual e a descida da nova Jerusalém, haverá um período de mil anos, durante os quais os crentes vencedores reinarão com Cristo (Ap 20:6). Estes são os que, nesta era, negaram sua vida da alma e deixaram a vida divina crescer em seu interior.
Por outro lado, os que permaneceram infantis espiritualmente, não amadureceram na vida de Deus, esses serão postos num lugar de disciplina para que se tornem maduros "à força". Assim como algumas frutas verdes necessitam ficar numa estufa para amadurecer, os crentes imaturos ficarão apartados da glória do reino e sofrerão muito com isso. Essa será a oportunidade de amadurecimento que Deus dará para aqueles que não querem buscar a Deus nesta era e se deixam governar apenas por sua mente, vontade e emoção. O Senhor os colocará num lugar fora da glória, durante o milênio, a fim de que amadureçam (Mt 25:30).

Não será fácil sofrer por mil anos; então, por que não negar a vida da alma agora? A manifestação do reino dos céus ainda não chegou, mas está bem próxima. Vamos despertar, pois vem chegando o Dia (Rm 13:11-12)! Aproveitemos, portanto, o tempo que nos resta para nos arrepender e negar a nós mesmos.

Já de início Mateus 5 diz que os humildes de espírito vão herdar o reino dos céus. O que demonstra que uma pessoa é humilde de espírito é o fato de ela diariamente se esvaziar de si mesma negando a vida da alma. Aqueles que são humildes estão sempre permitindo que sua mente seja renovada, colocando-a no espírito (Rm 12:2; 8:4-6). Podemos dizer então que bem-aventurados são os que se esvaziam da vida da alma, porque deles é o reino dos céus!

07 janeiro, 2012

Como comparecer perante o tribunal de Cristo

Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo (2 Co 5:10)Mt 7:22; 24:48-51; 25:11-12; 1 Co 3:2; Fp 2:12; Hb 5:12

O Senhor perdoou todos os nossos delitos e cancelou todo o escrito de dívida que era contra nós diante de Deus, removendo-o inteiramente por meio de Sua morte de cruz (Cl 2:14). Todavia nós, que cremos e já fomos purificados pelo sangue do Senhor, um dia teremos de comparecer perante o tribunal de Cristo, para ser julgados por Ele. Nesse julgamento o Senhor levará em conta o quanto negamos nossa vida da alma. Seremos julgados com respeito a ter ou não consentido que Deus trabalhasse Sua vida em nosso interior. Ou seja, Deus virá medir nossa vida espiritual, conferir o quanto nos esvaziamos - negamos nossa vida da alma - e fomos enchidos pela vida divina.
Todas as vezes em que, arrependidos, fomos diante do Senhor e confessamos nossos pecados, Ele nos perdoou e purificou por Seu sangue. Mesmo assim, não podemos nos acomodar e viver a vida cristã de maneira passiva, estacionados quanto ao crescimento espiritual. A fim de seguir o Senhor e desenvolver nossa salvação, temos de negar a nós mesmos durante nosso viver (Fp 2:12).

Alguns cristãos conhecem bastante a Palavra de Deus, porém ainda permanecem fortes em seu ego, isto é, em sua natureza caída. Outros já ouviram várias vezes sobre a importância de negar a vida da alma, sabem que, se não negarem a vida da alma, a vida de Deus não crescerá dentro deles, mas, ainda assim, não praticam essa palavra (Mt 24:48-49; 1 Co 3:2; Hb 5:12). Por agirem assim, a vida divina não se expande em seu interior. A semente de vida foi plantada neles, mas precisam deixá-Ia germinar e crescer.

Diante dessas palavras, não podemos permitir que a vida da alma continue tão íntegra, como era antes de crermos. Além disso, o simples fato de ter participado de várias reuniões da igreja não significa que você tenha sido transformado, que sua vida da alma tenha diminuído, e a vida divina tenha aumentado em sua alma. Os que pensam assim podem estar se enganando e poderão ser surpreendidos naquele dia (Mt 7:22; 25:1-3,11-12).

Quem não negar a vida da alma hoje irá para um lugar onde não haverá a luz da glória de Deus, mas muito sofrimento, e ali será obrigado a amadurecer (Mt 25:30). Dessa maneira, como disse o apóstolo Paulo, "sofrerá ele o dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo" (1 Co 3:15) e, por fim, fará parte da nova Jerusalém. Nós, porém, queremos aproveitar o dia de hoje para negar a nós mesmos, para que, quando o Senhor vier, nos permita entrar em Seu reino e com Ele reinar sobre as nações.

Confessar os pecados para ser perdoado e purificado

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1:9)At 10:43; 1 Jo 2:1-2

Antes de entrarmos na manifestação do reino dos céus, na era vindoura, teremos de passar pelo tribunal de Cristo. No passado, alguns de nós acreditavam que compareceriam diante do tribunal de Cristo para que seus pecados fossem julgados. Pensavam que os pecados seriam exibidos como um filme na sua frente, e um a um seriam julgados. Entretanto hoje sabemos que os pecados que já confessamos foram perdoados e todo registro deles foi apagado pela ação do sangue precioso do Senhor Jesus, pois: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1:9). Aleluia!
Quando cremos no nome do Senhor Jesus, recebemos a remissão de todos os pecados que cometemos no passado (At 10:43). E ainda hoje Deus, por intermédio do Senhor Jesus, nos perdoa e purifica de toda injustiça sempre que pecamos e, arrependidos, confessamos nossos pecados. O Senhor Jesus sabe de nossas fraquezas, porque viveu entre nós por mais de trinta anos e conhece muito bem a natureza humana, por isso se compadece de nós e nos perdoa quando confessamos nossos pecados e falhas.

O desejo de Deus é que não pequemos, mas, se sentimos que pecamos, devemos imediatamente confessar, pedindo perdão ao Senhor, e clamar pela ação de Seu sangue precioso para sermos purificados. Não importa onde você esteja: se foi iluminado pelo Espírito e reconhece que pecou, lembre-se de que temos um Advogado junto ao Pai - Jesus Cristo, o Justo; Ele é a propiciação por nossos pecados. E não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro (1 Jo 2:1-2).

Meu encorajamento a todos os filhos de Deus é que não percamos tempo: se temos qualquer mancha na consciência, devemos confessar perante o Senhor e crer na eficácia do sangue de Jesus, o Filho de Deus, que nos limpará completamente. Isso deve ser um hábito salutar em nossa vida cristã.

Ser humilde de Espírito

Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5:3)Mt 23:12; 1 Pe 5:6

Na ocasião em que proferiu as palavras contidas nos capítulos 5 a 7 de Mateus, o Senhor Jesus já havia sido ungido Rei pelo Espírito Santo, que sobre Ele descera sob a forma de pomba. Suas palavras nesse conhecido trecho da Bíblia visavam conduzir Seus discípulos a entrar no reino dos céus.
Em Mateus 5 lemos: "Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-Ios, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (vs, 1-3). Essa é a primeira condição para fazer parte da manifestação do reino dos céus, pois todos aqueles que reinarão com o Senhor, no reino milenar, serão humildes de espírito.

Mesmo sabendo que, no reino, vamos governar sobre as nações, precisamos ser pobres de espírito. Se somos pobres ou humildes de espírito, estamos sempre nos esvaziando de qualquer coisa que nos faça elevar o coração e ficar orgulhosos. Quando somos humildes de espírito, nós nos tornamos vazios em nossa vida natural, despojando-nos de tudo que é velho, conceitos e tradições, e nos abrimos ao Espírito para receber Dele o que é novo. Em outras palavras, ser humilde de espírito é esvaziar-se de si mesmo; é negar a vida da alma, com seu orgulho e coisas naturais.

Portanto, se desejamos reinar com Cristo, não devemos nos orgulhar, mas sim ser humildes de espírito (Mt 23:21; 1 Pe 5:6). Isso está diretamente vinculado ao arrependimento que João Batista pregava a respeito de ter uma mudança da mente, de opinião, esvaziando-se do que ficou para trás. Se praticarmos isso em nosso viver, seremos bem-aventurados, pois o reino dos céus será nosso.

01 janeiro, 2012

FELIZ ANO NOVO A TODOS....

DESEJAMOS A TODOS UM FELIZ ANO NOVO, QUE DEUS POSSA ABENÇOAR GRANDEMENTE, E QUE TODOS OS OBJETIVOS NESTE ANO SEJAM REALIZADOS
POR DEUS, QUE SEU ESPIRITO VENHA PRA DENTRO DE NÓS E POSSAMOS
NOS ARREPENDER PARA PODERMOS RECEBE-LO, QUE O SENHOR JESUS
OS ABENÇOEI MUITO, TODOS VOCÊS, FIQUEM COM DEUS.


PARA TODOS OS NOSSOS VISITANTES DO SITE.

MUITAS FELICIDADES...

O excelente caminho do amor

Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente (1 Co 12:31)

Mt 28:19; 1 Co 12:31; 13:13



Pregar o evangelho requer amor, que manifestamos quando nos aproximamos das pessoas (1 Co 12:31). Houve tempo em que apenas convidávamos as pessoas para nos visitarem nos locais de reuniões, mas hoje é a igreja que vai onde estão as pessoas, nos bairros e em outros lugares da cidade. Há em cada cidade vários lugares disponíveis para montarmos tendas de oração, apresentarmos livros que levam as pessoas à fé e contatá-las. Se o Senhor permitir, podemos também instalar um bookafé, no qual podemos ter lugares de oração com biblioteca e livraria, onde as pessoas podem ter contato com a Palavra de Deus, enquanto lhes servem café e outras coisas.
A necessidade de aperfeiçoamento para servir as pessoas e apresentar-lhes a Palavra de Deus não existe somente na América do Sul mas também no continente africano e em toda a terra. O aperfeiçoamento pode nos trazer sofrimento, mas não o tememos quando somos motivados pelo amor. Esse é o mesmo amor que o Senhor teve para conosco. O Senhor nos amou de tal forma, que desceu até nós, vindo à terra para nos pregar o evangelho e morrer por nossos pecados. Quando percebemos quão forte é o amor de Cristo, somos constrangidos a viver para Deus.
Hoje não apenas jovens têm lugar para ser aperfeiçoados nos CEAPEs existentes no Brasil, mas também adultos e idosos. Se temos esse desejo, precisamos orar e levar o sentimento diante do Senhor. Não devemos ser movidos pela empolgação, mas pelo encargo do Espírito. Quando nos dispomos a ser aperfeiçoados, temos a oportunidade de negar a vida da alma e nos preparar para reinar no mundo vindouro. De fato, esse é o melhor caminho.

O aperfeiçoamento para a pregação

Porque nos regozijamos quando nós estamos fracos e vós, fortes; e isto é o que pedimos: o vosso aperfeiçoamento (2 Co 13:9)

1 Co 12:3; 2 Co 13:9; Ef 4:12



Ao pregarmos o evangelho, somos aperfeiçoados. Isso não ocorre numa escola, onde somos ensinados e ganhamos conhecimento. Tampouco ocorre num lugar de treinamento onde aprendemos técnicas, coisas essas relacionadas ao exercício mental e não diretamente ao uso de nosso espírito. Graças ao Senhor, o CEAPE¹ tem sido um meio eficaz de aperfeiçoar os irmãos e levá-Ios a pregar o evangelho. Através do CEAPE, muitos têm sido ajudados em seu caráter, assim podem ser mais úteis a Deus, pois ali temos um ambiente de aperfeiçoamento para a pregação do evangelho.
O aperfeiçoamento não diz respeito a técnicas, mas à própria pessoa daquele que prega (Ef 4:12), porque requer humildade e exercício do espírito. Se temos um caráter treinado para suportar adversidades, conseguimos nos coordenar com outros irmãos e remir o tempo disponível, a vida divina pode fluir mais espontaneamente e o evangelho pode alcançar as pessoas com mais efetividade.
Quando estamos sendo aperfeiçoados, percebemos nossa real situação e aprendemos a obedecer ao ensinamento da unção e seu direcionamento (1 Jo 2:27-28). Somos ajudados a permanecer no espírito, invocando mais o nome do Senhor (1 Co 12:3). Além disso, aprendemos a manejar bem a Palavra de Deus, não para discutir doutrinas, mas para suprir vida às pessoas (Tt 3:9; 2 Tm 2:24).
Depois que somos aperfeiçoados, não devemos voltar à forma antiga de pregar o evangelho, mas avançar para que a vida de Deus cresça em nós e sejamos mantidos como instrumentos úteis em Sua obra. Que o Senhor nos envie mais e mais pessoas para serem aperfeiçoadas em pregar o evangelho do reino, pois é grande a necessidade de trabalhadores para Sua seara (Mt 9:37-38).

30 dezembro, 2011

Deus não faz acepção de pessoas

 

Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; [...] Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são (1 Co 1:26, 28)
Mt 4:23-25; 9:9; 10:1-2; At 1:11; 1 Co 9:16


Desde o início de Sua pregação, o Senhor não estava sozinho, mas acompanhado de Seus discípulos. Como vimos, eles não eram pessoas cultas, de realce, mas simples pescadores que deixaram tudo o que tinham para seguir o Senhor.
No passado, achávamos que somente pessoas cultas, como universitários, seriam eficazes na pregação do evangelho. Muitos deles receberam treinamento especial para isso. Hoje vemos que esse comissionamento não está restrito a um grupo específico, mas compete a todos os irmãos, independentemente do grau de escolaridade. Isso porque não existe na igreja um grupo de destaque para a pregação do evangelho, pois essa função inclui todos nós. Não devemos nos orgulhar do que recebemos, mas ser humildes nesse aspecto, pois a maior parte das pessoas que o Senhor escolheu para segui-Lo era humilde (At 1:11; 4:13; 1 Co 1:19-20).
Isso nos revela que Deus não faz acepção de pessoas (1 Pe 1:17). Não importa se somos graduados ou não, Deus deseja que Lhe sejamos úteis em Seu propósito. Além disso, nossa pregação não se baseia em meros ensinamentos, mas na pessoa de Cristo, que desfrutamos (1 Co 1:22-24). O Senhor que recebemos é rico demais, e podemos desfrutá-Lo todos os dias, invocando Seu nome, em comunhão com Ele. O desfrute de Cristo gera em nós o desejo e a responsabilidade de pregar o evangelho, pois, quanto mais ganhamos de Cristo, mais tendemos a transbordar Sua graça para outros (1 Co 9:16; 2 Tm 2:14).
O Senhor, por outro lado, também tinha entre os discípulos pessoas instruídas. Mateus, por exemplo, era uma pessoa instruída, um coletor de impostos (Mt 9:9). Ele seguiu o Senhor e foi chamado especialmente para registrar o evangelho segundo a visão do reino. Vemos, assim, que Deus pode utilizar cada um de nós conforme nossa capacidade e formação.
É preciso frisar que o mais importante não é o quanto somos capazes de servir ao Senhor, mas se nosso trabalho produz fruto ou não. Pelo relato de Mateus, vemos que, na primeira saída do Senhor Jesus com Seus discípulos, muitas pessoas foram contatadas e curadas: "Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou".
Da mesma forma, quando pregamos o evangelho, temos oportunidade de frutificar para Deus.

29 dezembro, 2011

A proximidade do reino dos céus

E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens (Mt 4:19)Mt 3:2; 4:17-22; 10:7; 16:18; 24:14; Hb 2:5

O Senhor Jesus começou a pregar a palavra de Deus dizendo: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 4:17). Isso mostra que o principal encargo do Senhor era levar os homens para dentro do reino dos céus, e a primeira condição para nosso ingresso nesse reino é o arrependimento.
O arrependimento nos prepara para a manifestação do reino do Senhor, pois, ao nos arrependermos, colocamos nossa alma a serviço do Espírito, debaixo de Seu governo, ganhando, com isso, vida e paz. É dessa forma que o reino de Deus está em nosso meio (Lc 17:21). Se, por outro lado, deixamos nossa mente vagueando na carne, o resultado será morte espiritual e desqualificação para entrar no reino (Rm 8:6). Devemos nos preparar para reinar no mundo que há de vir, pois aquele reino será entregue aos homens para que o governem (Hb 2:5).

O livro de Mateus fala sobretudo a respeito do reino dos céus (3:2; 4:17; 10:7). Sua importância é tão grande que nele nos é revelado que, quando o evangelho do reino for pregado em toda a terra habitada, o Senhor Jesus virá segunda vez (24:14).

O Senhor não principiou a pregação do evangelho pelas grandes cidades como Jerusalém, porque sabia que, em lugares assim, a Palavra não receberia aceitação. Por esse motivo, o Senhor foi para junto do mar da Galileia, onde também convocou alguns para pregar o evangelho juntamente com Ele. É o que lemos em Mateus 4:18-22: "Caminhando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-Ihes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e chamou-os. Então, eles, no mesmo instante, deixando o barco e seu pai, o seguiram".

Esses fatos nos mostram que, para seguir o Senhor, não precisamos ter um alto grau de conhecimento ou cultura, mas sim negar a nós mesmos e permitir que a Palavra que procede da boca de Deus habite em nós e de nosso interior flua para alcançar outros. Que atendamos ao chamamento do Senhor hoje, colocando nossa mente sob o governo do Espírito e nos preparando para, um dia, reinarmos com Ele!

27 dezembro, 2011

A luz do evangelho resplandece

Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo (2 Co 4:6)
Mt 4:5-16; Jo 14:30; 2 Co 4:6; 2 Tm 1:14; 2:2; Hb 4:12

O Senhor venceu as demais tentações do diabo, conforme lemos em Mateus 4:5-11: "Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram".
Satanás tentou o Senhor oferecendo-lhe os reinos do mundo caso o adorasse, porque o presente mundo está sob suas mãos (Jo 14:30). Mas o Senhor Jesus recusou a proposta, pois somente Deus é digno de adoração. O Filho do Homem venceu as tentações ao lançar mão da Palavra de Deus; por fim, expulsou o inimigo.

Depois do batismo de Jesus e de Sua vitória contra as tentações do diabo, Ele estava qualificado para iniciar a pregação do evangelho. Então, a partir disso, lemos em Mateus 4: "Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galileia; e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios! O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz" (vs. 12-16).

A intenção principal do Senhor era levar as palavras de Deus aos necessitados. Ele havia jejuado no deserto por quarenta dias e venceu as tentações; foi servido pelos anjos e agora estava cheio da Palavra de Deus. Foi nessa condição que o Senhor iniciou Sua pregação.

Também precisamos estar cheios da Palavra de Deus (SI 1:2; Jr 15:16; Cl 3:16; 2 Tm 1:14), Devemos meditar nela com oração, ruminá-Ia em nosso interior, até que se torne alimento para nós e flua como leite para nutrição espiritual de outros, assim como a mãe que amamenta o filho. A Palavra depositada em nós não é apenas para nosso próprio suprimento mas também para alimentar as pessoas.

O Senhor Jesus brilhou como a grande luz para os que estavam nas trevas, porque a Palavra habitava ricamente Nele (Mt 4:16; Cl 2:9; 1 Jo 1:5). Em João 1:5 lemos: "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela." Além disso, o Senhor não saiu a pregar sozinho, mas chamou discípulos, dando-lhes a incumbência de pregar o evangelho. Hoje nós também fomos comissionados e devemos brilhar como luzeiros no mundo (Fp 2:15).

A verdadeira comida

Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17)Dt 8:7-10; Jr 2:13; Jo 4:13-14, 34; 7:38-39; At 16:13-15, 34

Em Deuteronômio 8:7-10 lemos uma descrição da fartura que existia na boa terra de Canaã: "Porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas; terra de trigo e cevada, de vídes, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre. Comerás, e te fartarás, e louvarás o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu".
A boa terra de Canaã era, de fato, repleta de riquezas minerais e de vida vegetal, porque lá havia muitas águas. Essas águas representam o Deus Triúno. O manancial profundo diz respeito a Deus Pai (Jr 2:13). A fonte é o nosso Senhor Jesus, que canaliza a água do manancial e a torna acessível para nós (Jo 4:14). Por meio da fonte, surgem os ribeiros, que representam o Espírito que dá vida (7:38-39).

Em João 4:13-14, o Senhor Jesus afirmou à mulher samaritana: "Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna". Diante dessas palavras, a mulher creu no Senhor. Depois disso, os discípulos trouxeram alimentos para Jesus, mas Ele explicou que tinha uma comida para comer que consistia em fazer a vontade de Deus (v. 34). E por causa do testemunho daquela mulher, muitos samaritanos daquela cidade creram no Senhor, alimentando-O.

Em Atos 16 vemos que o apóstolo Paulo vivenciou algo maravilhoso, pois estava sensível à vontade de Deus. Ele foi direcionado pelo Espírito até Filipos, onde havia um lugar de oração à margem de um rio, e ali uma mulher, Lídia, foi salva e batizada, e espontaneamente abriu sua casa para receber os irmãos. Podemos dizer que foi do encontro soberano dessas pessoas que surgiu a igreja em Filipos (vs. 13-15).

Naquela cidade, a salvação também alcançou o carcereiro, que presenciou a libertação de Paulo e Silas da prisão. O carcereiro foi batizado com toda a família e também abriu sua casa para receber os irmãos, manifestando grande alegria por terem crido em Deus (v. 34).

Nós sentimos satisfação semelhante em fazer a vontade do Senhor, pois Ele nos supre com vida, justiça, alegria e paz quando pregamos o evangelho e oramos pelas pessoas. Podemos testificar que isso não apenas atende a necessidade daqueles por quem oramos mas também nos supre, alimenta nosso espírito e satisfaz a Deus.