19 agosto, 2012

Refletindo...

Confiar somente em Deus


O momento de oração, quando nos encontramos face a face com Deus, é de vital importância, não apenas para fazermos petições e súplicas, mas principalmente para sermos renovados em Sua presença. Pela oração, entramos na presença de Deus e permanecemos em Sua presença. Somente aqueles que têm a experiência genuína de encontrar-se com Deus por meio da oração é que podem avaliar corretamente a preciosidade desse momento. Jeanne Guyon, serva do Senhor de séculos atrás, popularmente conhecida como Madame Guyon, disse: "Orar nada mais é que voltar nosso coração em direção a Deus e receber em troca Seu amor".

Orar é o maior privilegio que um ser humano pode ter, ou seja, é ter acesso direto e sem intermediários ao Deus criador, falar a Ele e ser ouvido por Ele. 0 salmista disse: "De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando" (Salmos 5:3). Ainda que estejamos em uma situação em que ninguém possa nos ouvir, Deus está sempre atento às nossas orações. "Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invoca-lo-ei enquanto eu viver" (Salmos 116:1-2).

O irmão Watchman Nee certa vez disse que "a oração é o ato mais maravilhoso na esfera espiritual, assim como o assunto mais misterioso". É, na verdade, a primeira ação de um cristão, para ser salvo, quando este invoca o Senhor de todo coração. De fato, invocar o Senhor e a oração mais simples e é praticada pelos cristãos de todas as eras em todo lugar (1 Coríntios 1:2). Na esfera espiritual, orar é como respirar. Desde que fomos salvos até nos encontrarmos com o Senhor, nossa vida deve ser permeada pela oração. A oração não demanda um lugar específico ou um horário determinado. Deus está sempre pronto para nos ouvir. Podemos orar em voz alta, em voz baixa ou sem emitir qualquer som. Podemos orar em pé, sentados, ajoelhados ou deitados. Podemos orar individual ou coletivamente. Podemos orar nos momentos de alegria ou de aflição. 0 local de oração onde nos encontramos com Deus é nosso espírito regenerado. 0 momento adequado para orar é "agora", a qualquer momento.

Orar nos leva à presença de Deus e nos consola, revigora, encoraja, confirma na fé. A oração nos capacita a resistir a Satanás e nos liberta de sua opressão. Em oração exercitamos o amor pelos irmãos e pelos que ainda não conhecem a Deus. Orando, deixamos toda nossa ansiedade nas mãos do Senhor, rendemo-nos a Ele e paramos de nos debater, tentando resolver nossos problemas por nós mesmos. A oração também é instrumento de louvor e ações de graças, por tudo que Deus é para nós. Nos momentos de intimidade com Deus, abrimos nosso coração a Ele e derramamos lágrimas de gratidão por Seu infinito amor e por Sua longanimidade para conosco. Falar com Deus e ser ouvido por Ele é um privilégio do qual não deveríamos abrir mão.

Contudo, apesar de todos esses benefícios, não são muitos os cristãos que têm uma vida saudável de oração. Muitos dizem que não sabem como orar, não sabem o que falar para Deus. Outros afirmam que, quando vão orar, logo seus pensamentos começam a passear e são distraídos de Deus. Outros ainda dizem que não oram porque sua fé é muito pequena. Para todos esses amados irmãos e irmãs, apresentamos uma arma poderosa que vence todos esses problemas: a Palavra de Deus. Todos precisamos aprender a "orar a Palavra". Quando for a Deus em oração, abra sua Bíblia no trecho de sua leitura diária e faça das palavras da Bíblia as palavras de sua oração.


Fonte: Jornal Árvore da Vida

Mensagem aos Jovens...

Tempos de refrigério



Um coração cheio de preocupações gera um coração ansioso e oscilante


É impressionante como os solteiros preocupam-se em saber quem será seu cônjuge; os noivos, com preparativos para o casamento; os casados geralmente desaparecem do convívio com os jovens da igreja: têm preocupações de mais. São tantas expectativas, tantos planos, tantas necessidades. Pobre coração de um jovem cristão! Ao chegar a essa conclusão, decidimos orar, pedindo ao Senhor um caminho para ter um coração em paz. Logo após orarmos, me lembrei de 1 Tessalonicenses 3:12-13, que diz que, quando o amor de Deus cresce em nós, nosso coração é estabelecido, firmado, na presença do Senhor. O outro jovem lembrou-se de Hebreus 6:18-19, que fala da esperança que nos está proposta, a qual lançamos como âncora segura e firme no Santo dos Santos, isto é, no Espírito.
“Muito bom!”, “Esse é o caminho.” – dizíamos um ao outro. Mas logo tivemos de admitir que já tínhamos estudado os livros de 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus, e se o Senhor pôde nos falar por meio desses livros, não estaria Ele nos falando algo por meio do ministério ulterior de João, isto é, dos escritos de João que estamos estudando hoje? Aí foi que percebemos que o Senhor estava nos dando uma direção nova e uma maneira para resolver todos os problemas e dilemas – arrependimento. Agora bastava-nos disposição para seguir Suas “recomendações médicas”. E o primeiro passo era arrepender-nos, mas nem sempre é tão simples “tomar o remédio” do arrependimento.


A disposição de Jonas


Se queremos ter um coração firme, que não se aparte do Senhor, ser um jovem normal vivendo a vida normal da igreja, cuidar da vida espiritual, familiar e profissional, precisamos nos arrepender primeiro. A história de Jonas nos dá uma boa visão quanto ao arrependimento e suas implicações. Jonas, o profeta, depois de ter ouvido a Palavra do Senhor, em vez de dispor-se para fazer Sua vontade, ele “se dispôs, mas para fugir da presença do Senhor” (Jonas 1:3).
Jonas tomou um navio, fugindo para Társis. O Senhor enviou um vento, fez-se grande tempestade, e os marinheiros, desesperados por sua vida, lançaram sortes para achar o culpado por tudo aquilo. E a sorte caiu sobre Jonas. “Então, lhe disseram: Declara-nos, agora, por causa de quem nos sobreveio este mal. Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual a tua terra? E de que povo és tu?”. Jonas “lhes respondeu: Sou hebreu e temo ao Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e a terra” (1:8-9). Jovens, como responderíamos a tais perguntas? Qual é nossa ocupação? Somos ministros da nova aliança. Donde viemos? Nascemos do alto. Qual é nossa terra? Nossa pátria é a nova Jerusalém. De que povo somos? Somos hebreus, somos filhos de Deus. Se temos um coração agitado ainda é porque nos esquecemos com freqüência de tudo o que somos. Se ainda temos um coração tão cheio de coisas é porque nos falta arrepender-nos. E, se não nos arrependermos, vamos continuar sofrendo.
Jonas sofreu. Aqueles que o rodeavam sofreram. Todos sofrem quando não nos arrependemos. Tudo fica agitado, tudo à nossa volta se torna uma grande tempestade. Mas quando nos arrependemos, todos desfrutam dias de paz. Jonas ainda passou três dias no ventre de um grande peixe, até que mudou sua disposição, se arrependeu e, quando ouviu novamente o Senhor, obedeceu. Mas não precisamos passar por tantas coisas para nos arrepender. Devemos reagir prontamente ao falar do Senhor.


Um coração que se arrepende gera para si tempos de refrigério


Em Atos 3:19-20 lemos: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que Ele envie o Cristo, que já vos foi designado”. Aleluia! Arrependimento não apenas cancela nossos pecados, aquilo que nos afasta do Senhor, mas também traz-nos tempos de refrigério, e assim desfrutamos Cristo. Um coração em paz, um coração estável, é aquele que acabou de se arrepender. É assim que desfrutamos justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
Jovens, somos verdadeiros hebreus. Somos a descendência celestial de Abraão na fé. Abraão cruzou muitos rios, e por isso foi chamado hebreu. Todos os dias enfrentaremos nossas ansiedades, as paixões da mocidade, a corrente do mundo. Todos os dias teremos muitos rios a cruzar. Às vezes, nossos pais nos forçam a cruzar alguns deles. Às vezes, simplesmente não temos outra opção. O certo é que o Senhor constantemente nos aparece, nos faz ver grande luz, e, daí por diante, Ele fala conosco e, se nos arrependemos, nosso coração se torna uma terra de paz (Mateus 4:16-17).
Destaque: Quando nos arrependemos do que somos e fazemos, o Senhor cuida de nos dar um coração repleto de satisfação, alegria e paz


Texto extraído do Jornal Árvore da Vida Nr 180, publicado pela Editora Árvore da Vida.

Sair a semear a Palavra de Deus.

O que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um (Mt 13:23)

Êx 28:30; Mt 24:14; Ef 1:3-14
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

A propagação do evangelho do reino segue o princípio da parábola do semeador. Mateus 13 diz que o semeador saiu a semear. De igual modo, a obra de propagação do evangelho exige a nossa saída, de sorte que não podemos permanecer parados em nossos locais de reuniões aguardando a chegada das pessoas. Precisamos ir aonde as pessoas estão, possibilitando que elas se acheguem à Palavra sem qualquer dificuldade. A colportagem e os bookafés têm servido para promover a Fé e têm sido usados por Deus para aumentar nossa comunhão com todos os cristãos.
A Fé que promovemos é a mesma à que Paulo se refere em 1 Timóteo 1:4, quando menciona “o serviço de Deus, na fé”, que lhe foi revelada por Deus e registrada em Efésios 1. Trata-se da economia neotestamentária de Deus, segundo a qual o Deus Triúno (o Pai, o Filho e o Espírito) deseja Se dispensar para dentro do homem como vida (Ef 1:13-14). Deus deseja trabalhar Sua Pessoa e Sua vida para dentro de nós. Por isso, Ele nos escolheu antes da fundação do mundo e, no tempo designado, nos chamou, para que um dia recebamos a primogenitura, a filiação plena, a fim de governar o mundo que há de vir (Hb 2:5). Esse é o propósito de Deus ao nos criar, redimir e regenerar.
Para alcançarmos a plena filiação, Ele nos colocou na igreja, que não é um prédio físico, nem uma organização com regras a serem seguidas, mas um viver onde a vida divina pode crescer em nós. Nesse viver, não apenas crescemos em vida, como também desempenhamos a obra do ministério, propagando o evangelho do reino. Com essa finalidade, o Senhor deseja que cada um de nós tenha a função de um sumo sacerdote. Assim como o sumo sacerdote carregava os nomes das doze tribos de Israel sobre os ombros e sobre o peitoral, vamos levar o nome de todos os filhos de Deus à Sua presença. Da mesma maneira como ele levava o Urim e o Tumim no éfode, nós devemos apresentar a revelação da Palavra de Deus às pessoas por meio dos livros (Êx 28:30).
Vamos sair a semear a Palavra de Deus, pois nossa meta é tornar a Fé e o evangelho do reino acessíveis a todas as pessoas, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim (Mt 24:14).

Ofertar e dar fruto.



Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam  (Mt 6:19-20)

At 4:33-37; 2 Co 9:7; Fp 1:5; 4:15-16; 1 Pe 4:12
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

O fogo ardente do Espírito serve para eliminar as impurezas do nosso coração (1 Pe 4:12). Em Mateus 13, nosso coração é representado por um tipo de solo no qual crescem espinhos que sufocam a palavra em nós plantada. A respeito desse solo, o Senhor explica: “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera” (v. 22). O coração que se encontra sobrecarregado, com as preocupações mundanas e as riquezas materiais, é o resultado de se viver debaixo do controle da vida da alma. Nessa situação, a Palavra de Deus é “sufocada” e não conseguimos produzir fruto.
A fascinação das riquezas se refere às oportunidades que o mundo oferece para investirmos nosso dinheiro. Enquanto muitos almejam lucrar financeiramente no mundo de hoje, o Senhor nos mostra que devemos juntar tesouros no céu (6:19-20). Não precisamos nos preocupar com coisa alguma, pois Ele tem cuidado de cada uma de nossas necessidades (1 Pe 5:6). Sendo assim, temos a liberdade de ofertar nossos bens em favor da vontade do Senhor.
No livro de Atos há o registro de vários cristãos que, ao se converterem, venderam seus bens e depositaram o valor aos pés dos apóstolos (4:33-37). Nós também, ainda hoje, devemos ter um coração que não se apega às riquezas, mas deseja ofertar com alegria. Nossa oferta deve ser segundo o que estiver proposto em nosso coração e não apenas para as necessidades internas da igreja; ela também deve cooperar para a divulgação da Palavra e para a propagação do evangelho do reino, possibilitando que a Fé alcance muitas pessoas (2 Co 9:7; Fp 1:5; 4:15-16). Sem essas ofertas, muitos irmãos não seriam alcançados pela Palavra que promove a Fé e o crescimento espiritual.
Além disso, quando ofertamos, permitimos que o fogo do Espírito seja aplicado em nosso coração, eliminando todos os “espinhos” que sufocam o nosso serviço a Deus e, por fim, fazendo-nos uma boa terra frutífera para Deus. Graças a Deus, temos a oportunidade de ofertar, o que nos leva a negar a vida da alma e cooperar com o Senhor na propagação do evangelho em toda terra, preparando-nos para reinar no mundo que há de vir.

17 agosto, 2012

Refletindo...

O Testemunho da Igreja



Uma vela que permanece sozinha pode ser facilmente apagada pelo vento. Mesmo que ela não seja apagada pelo vento, sua luz irá finalmente extinguir-se. Se desejamos aumentar e prolongar a luz, necessitamos acender velas, uma centena de velas, ou mesmo mil velas; deste modo, a luz se manterá acesa. E é isto que acontece com relação ao testemunho da igreja.
É uma lástima que a luz e o testemunho cessem com alguns indivíduos. Apesar do fato de que a igreja deve continuar de geração em geração, existe um certo número de pessoas que não têm descendentes. Que não aconteça que o testemunho de Jesus termine em alguns novos convertidos. Uma vela deve queimar até o fim; da mesma forma, o testemunho de um homem deve continuar até à sua morte. Se a luz de uma vela deve manter-se acesa, então é preciso que essa vela acenda outra antes de extinguir-se por completo. Acendendo vela após vela, a luz brilhará e continuará brilhando até que ela cubra o mundo inteiro. Tal é o testemunho da igreja.
Os novos crentes precisam aprender a testemunhar pelo Senhor; de outra forma, o evangelho terminará com eles. Você já foi salvo; "você tem vida e a sua luz foi acesa. Mas se não incendeia outros antes de queimar-se totalmente, então está realmente acabado. Você deve levar muitos ao Senhor para que não se encontre com Ele de mãos vazias.
Eu afirmei anteriormente que se um crente não abrir a sua boca e confessar o Senhor dentro do primeiro ano de sua salvação, provavelmente jamais abrirá a sua boca durante toda a sua vida. Quero repetir isto hoje. Se um homem não testemunhar pelo Senhor durante o primeiro impacto de sua fé, ele provavelmente jamais dará um testemunho em toda a sua vida.
A menos que o Senhor lhe dispense uma grande graça ou lhe dê um grandioso avivamento, ele muito provavelmente nunca testemunhará pelo Senhor e levará almas a Cristo. Que esperança há para os novos crentes se eles não puderem testemunhar pelo Senhor e inflamar outras pessoas ao receberem pela primeira vez um tão grande amor, um Senhor tão grande, tão grande salvação e urna emancipação tão grande?
Se um novo crente não abre a sua boca durante o primeiro ano, ele dificilmente será capaz de abri-la mais tarde. Este é o porque da nossa responsabilidade em instruir cada um e todo novo crente a começar a testemunhar durante a primeira ou segunda semana de sua salvação. Precisamos ser firmes neste assunto. Poderá ser muito tarde se esperarmos.
Vamos continuar com a ilustração da vela. Quando o Filho de Deus veio a terra, Ele inflamou umas poucas velas; mais tarde, ele acendeu outra vela em Paulo. Durante os dois mil anos que se passaram desde então, a igreja continuou queimando e queimando vela após vela. Algumas velas podem inflamar dezenas ou centenas de outras. Embora a primeira vela haja queimado até o fim, a segunda continua. Muitos podem até mesmo sacrificar as suas vidas para inflamar você; nós não esperamos ver a luz terminar em você. Esperamos que todos os novos convertidos cumpram a sua obrigação de salvar almas. 

Vá e testemunhe pelo Senhor. Deixe o testemunho brilhar na terra incessantemente. 


Retirado do livro: "Testemunho Cristão Normal" de W. Nee
(Site Igreja em Uberaba)

Crescer e produzir frutos com humildade.


Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros (Fp 2:3-4)


Mt 3:8; 13:38; 1 Co 8:1b; 2 Co 11:13-14; Fp 3:2; 1 Tm 4:6; 2 Tm 2:24; 1 Pe 5:5
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Pensar que ter o conhecimento de muitas verdades bíblicas significa ser melhor do que outros cristãos é proveniente do orgulho, característica evidente de quem vive segundo a vida da alma. Uma atitude arrogante e inadequada certamente será rejeitada por outros cristãos.
Essa atitude orgulhosa, soberba, é semelhante ao crescimento do joio mencionado na parábola de Mateus 13. Quando o joio cresce, fica mais alto que o trigo, roubandolhe a luz do sol e suas raízes se entrelaçam com as do trigo, para roubar-lhe os nutrientes do solo. Segundo a explicação do Senhor é necessário deixá-los crescer juntos, pois na época da colheita torna-se fácil identificar um do outro. O joio quando cresce não se curva e se mantém “empinado”. O ramo de trigo, por sua vez, depois de crescer, amadurecer e produzir as espigas, se dobra. Isso mostra que, quanto mais o tempo passa, mais “orgulhoso” o joio se mantém, enquanto o trigo, por frutificar, mais “humilde” se torna.
Ao falar sobre o joio o Senhor se referiu aos filhos do maligno, àqueles que vivem e são governados pela natureza maligna (v. 38). Todavia, se um filho de Deus viver pela vida da alma, ele também será influenciado pela natureza maligna e poderá ser usado pelo maligno para atrapalhar os filhos do reino a crescer em paz (Fp 3:2; 2 Co 11:13-14).
De fato o orgulho é uma das manifestações da vida da alma. Quando nos orgulhamos, pensando de nós mesmos além do que convém, damos espaço para a atuação do inimigo de Deus. Mesmo em relação ao conhecimento bíblico, se não praticamos o que aprendemos quando lemos ou ouvimos a Palavra de Deus, aquilo que sabemos pode se tornar um mero acúmulo de informações que produz soberba (1 Co 8:1b). Além disso, discutir pontos doutrinários não nos ajuda a crescer na fé, tampouco coopera para a comunhão saudável entre os filhos de Deus (1 Tm 1:4; 2 Tm 2:24). Por isso, não sejamos como o joio, mas como o trigo. Mesmo que tenhamos algum conhecimento bíblico, devemos nos humilhar e jamais nos exaltar sobre os outros (Fp 2:3-5).
Nosso contato com a Palavra deve ter como finalidade sermos alimentados e alimentar a outros (1 Tm 4:6). Quando tomamos a Palavra de Deus como alimento, em oração, ruminando-a e nela meditando, ganhamos luz quanto a nossa situação e somos supridos com a vida divina para cumprir, na prática, a vontade de Deus revelada a nós.
Pela misericórdia do Senhor temos sido iluminados, quanto a nossa prática no passado, de ter um local de reuniões e esperar que as pessoas que contatávamos viessem às nossas reuniões. Por melhores que elas sejam, o resultado não é como o desejado, pois conseguimos alcançar somente um grupo muito pequeno de pessoas. Isso acontece porque para alguns existe o problema da distância, do deslocamento físico; para outros, por causa da atitude arrogante que tínhamos no passado em relação aos demais cristãos, surgiu uma grande barreira. Todavia, o Senhor nos mostrou que precisávamos nos arrepender e ir até eles, nos bairros, a fim de lhes anunciar o evangelho do reino e ter comunhão na vida divina (Mt 24:14). Para isso, Ele nos deu duas ferramentas: a colportagem e o bookafé.
O bookafé é um ambiente agradável que visa acolher todas as pessoas. Independentemente da classe social ou convicção religiosa, nossa responsabilidade nos bookafés não é tentar convencer ninguém, mas orar pelas pessoas e levá-las à Fé, apresentando-lhes livros espirituais, os quais as ajudarão a conhecer o plano eterno de Deus para o homem. Além disso, elas ainda poderão desfrutar de um cafezinho, enquanto são supridas espiritualmente.

16 agosto, 2012

Refletindo...

Qual o objetivo da Igreja?


No livro de Apocalipse as sete igrejas são representadas por meio de sete candeeiros de ouro (Ap. 1:20). Um candeeiro, por sua vez, não é um objeto com um fim em si mesmo. O propósito de um candeeiro é sustentar a luz de modo que todos possam vê-la. Da mesma forma, a Igreja não existe para si própria, ela não é um fim em si mesma, mas é um meio para que um objetivo seja alcançado.
O objetivo da Igreja é sustentar o testemunho de Jesus de modo que todos possam vê-lo, de modo que todos possam ver a luz. E se a Igreja falhar em expressar, manifestar a luz do testemunho de Jesus, então ela terá falhado em sua missão.
A Igreja não tem como objetivo final atrair as pessoas para si mesma, a Igreja tem como objetivo conduzir as pessoas a Cristo.


Fonte: Stephen Kaung, no livro “Vendo Cristo no Novo Testamento”, vol. 6,
                                              (Site Igreja em Uberaba)

Para Meditar...

O evangelho que gera vida

Leitura bíblica: Mt 13:1-9


Ler com oração:
Este é o sentido da parábola: a semente é a palavra de Deus (Lc 8:11
).

O EVANGELHO QUE GERA VIDA

Vimos ontem que o surgimento da porção seca de terra, no terceiro dia da criação, está relacionado com a ressurreição de Cristo, ocorrida três dias após Sua morte. Somente após a terra emergir é que foi possível o surgimento da vida.

A importância da terra para o aparecimento e crescimento da vida foi muito bem ilustrada pelo Senhor Jesus, quando proferiu a parábola do semeador que lançou suas sementes sobre diversos tipos de terra (Mt 13:1-9).

O primeiro tipo de terra sobre a qual a semente caiu era a que estava próxima a um caminho. O tráfego de pessoas e animais tornou aquele chão muito duro, e as sementes não puderam germinar. Dessa forma, ficaram expostas e foram comidas pelas aves.

Outra parte das sementes caiu em um solo pedregoso, onde a terra era pouca. A escassez de terra impede a retenção de água e, por isso, as sementes não conseguiram desenvolver-se e ter raízes. Nesse processo, a água se refere às águas do segundo dia – águas de cima. Somente quando há água na terra a vida pode ser produzida.

Outra parte caiu entre os espinhos e pôde crescer só até determinado ponto, visto que os espinhos cresceram mais e a sufocaram, impedindo-a de frutificar.

Uma parte das sementes, contudo, caiu em boa terra, que produziu fruto em abundância. Desse modo, podemos ver a grande importância que a terra tem para a produção da vida. Se a terra não for adequada, as plantas não crescem, mas, se ela for boa, há pleno desenvolvimento e frutificação.

No quarto dia da criação, Deus criou os luzeiros: o sol, a lua e as estrelas. A luz do sol era essencial para que as plantas criadas no dia anterior florescessem e frutificassem. Portanto a luz do quarto dia se refere à luz da vida; quando temos essa luz, nosso viver produz frutos (Jo 8:12). Por meio da luz do primeiro dia a vida pode ser gerada. Podemos aplicar isso à luz que recebemos ao ouvir o evangelho da graça e ao crer. Todavia, para que a vida divina cresça em nós, precisamos estar constantemente debaixo da luz da vida que recebemos por meio do evangelho do reino.


Ponto-chave: Permanecer sob a luz.
Meu ponto-chave:
Pergunta: Qual é a importância da terra no processo de recriação de Deus?
Leitura de apoio:
“O caminho para viver e reinar com Cristo” – cap. 2 e 3 – Dong Yu Lan.
“Os sete dias da criação” – cap. 2 – Dong Yu Lan.
“Não mais eu, mas Cristo” – cap. 19 – Dong Yu Lan.


www.radioarvoredavida.net

O fogo purificador.

Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando (1 Pe 4:12-13)

Mt 3:11; 25:23; Jo 21:3; Hb 2:7; 1 Pe 1:6-7
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Após a morte e a ressurreição do Senhor, Pedro voltou a pescar e levou outros discípulos consigo, mas durante toda a noite não apanharam nenhum peixe (Jo 21:3). Ao clarear do dia, Jesus estava na praia e lhes disse que lançassem a rede à direita do barco, o que os discípulos fizeram, vindo a apanhar uma grande quantidade de peixes.
Quando saltaram em terra, os discípulos viram que Jesus já havia lhes preparado peixe e pão. Naquela ocasião, o Senhor os alimentou e perguntou a Pedro, por três vezes seguidas, se ele O amava. Pedro se entristeceu com isso, por achar que o Senhor duvidava de seu amor. O Senhor, por sua vez, mostrou-lhe que, daí por diante, Pedro não agiria mais segundo sua própria vontade, e sim guiado pelo Espírito. Por ter a vida divina, a vontade de Pedro seria restringida, de modo que, em sua maturidade, se submeteria totalmente à vontade de Deus.
Pedro praticou essa palavra, experimentando o batismo com Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11). Ele colocou em prática a palavra pregada por João Batista, sendo purificado com o fogo do Espírito. Como temos visto, aplicar o fogo do Espírito é a maneira mais eficaz de rejeitar a vida da alma. Isso é semelhante ao processo de queima utilizado para eliminar os espinhos e ervas daninhas do solo, a fim de prepará-lo para o plantio. Os espinhos arrancados podem voltar a crescer, mas se o fogo os queima, são totalmente eliminados. Nossa vida da alma é assim. Mesmo que nos esforcemos, não conseguimos ficar totalmente limpos.
Por repetidas vezes, a vida da alma de Pedro se manifestou, mas ele percebeu que a solução definitiva era se submeter à prova do fogo ardente do Espírito. Esse fogo queima interiormente, e não apenas exteriormente. Para experimentarmos esse queimar interior, devemos viver e andar no espírito constantemente. Assim, a vida da alma será eliminada com mais eficácia.
O resultado é descrito em 1 Pedro 4:12-13: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando”.
Em Hebreus 2:7, vemos que Deus fez o filho do homem, por um pouco, menor que os anjos. Mesmo que ainda não tenhamos a vida divina suficientemente crescida, se perseverarmos em seguir o Senhor, um dia seremos coroados de glória e de honra. O resultado de sermos purificados com o fogo do Espírito é receber louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:6-7). Louvor indica a aprovação do Senhor no tribunal de Cristo (Mt 25:23). Receber glória significa expressar a natureza de Deus em plenitude e receber honra é alcançar uma posição no reino para governar com Cristo.

15 agosto, 2012

A Igreja é Revelada...

Refletindo...

O chamamento que Deus faz ao preparado


Perdendo a Confiança em Si Mesmo. 

Quando Deus o chamou, Moisés se disse lento no falar. Parece que ele dizia: “Senhor, agora que trataste com minha habilidade, já não aceito o Teu encargo. Quero renunciar. Não sou a pessoa adequada para ser enviada a Faraó, a fim de livrar os filhos de Israel de sua mão. Sou lento no falar. Como poderia conversar com Faraó?” Ao dizer dessa maneira ao Senhor, Moisés aparentemente foi sincero. Deus, todavia, zangou-se com ele (4:14). Isso indica que, pelo lado de Moisés, havia algum problema. Deus queria “contratá-lo”, mas Moisés recusou aceitar o serviço. Ao negociar assim Moisés com o Senhor, sabia Deus o que estava em seu coração. Interiormente, Moisés deveria estar dizendo: “Senhor, há quarenta anos tentei ao máximo salvar os filhos de Israel, mas não me permitiste ter sucesso. Fui rejeitado e precisei fugir para o deserto, onde sofro há quarenta anos. Esqueci tudo o que aprendi no palácio real. Tornei-me nada. Agora dizes que queres que eu vá a Faraó. Quando estava qualificado, Tu me despediste. Mas, agora, que estou desqualificado e incapaz, Tu me queres contratar?” Secretamente, Moisés deve ter culpado o Senhor. Essa deve ter sido a razão pela qual Deus ficou descontente com ele.

Tanto em Deus quanto em Moisés havia algo que não era expresso. Em Seu interior, o Senhor devia estar dizendo, “Moisés, não quero que você faça nada. Você não vê lá a sarça? Ela arde, mas não se consome. Quero que você simplesmente Me manifeste. Moisés, não rejeite o encargo. Receba-o, mas não utilize sua habilidade e força para realizá-lo. Porque você se considera apto para a morte, posso agora utiliza-lo. Moisés, não Me rejeite. Não tenho intenção de usá-lo segundo o seu conceito natural. Quero usá-lo à Minha maneira, como uma sarça que arde sem se consumir.”

Não é fácil realizar algo para Deus sem utilizar nossa própria força ou habilidade. Com o passar dos anos, tenho aprendido essa mesma lição, principalmente através dos sofrimentos e falhas. Freqüentemente, as pessoas têm a seguinte atitude: se lhes pedirem que realizem algo, elas serão capazes de fazê-lo à sua maneira, sem a interferência nem o conselho dos outros. Até mesmo os presbíteros da igreja podem ter essa atitude. O nosso sentimento pode ser: “Se você quer que eu o faça, então, por favor, fique longe e deixe-me executa-lo”. Todavia, quando nos chama para realizar algo, Deus quer que façamos, mas não por nós mesmos. Quando nos chama, Ele parece dizer: “Sim, quero que você o faça, mas quero que o realize através de Mim, não por si mesmo.” O nosso problema, freqüentemente, é que, se não pudermos executar determinada coisa por nós mesmos, então recusaremos inteiramente faze-la. Essa atitude tem sido um grande empecilho para a obra da restauração do Senhor.

Muitos irmãos sabem que precisamos da vida da igreja, mas, por estarem frustrados, insistem em não vir às reuniões. São como o Moisés frustrado do deserto, que fora tratado por Deus até perder a confiança em si mesmo. Ele, todavia, ainda estava disposto a receber o encargo do Senhor. Recebera-o de Deus antes dos quarenta anos. Todavia tinha que aprender a cooperar com Deus sem utilizar a própria habilidade e força naturais. O chamamento de Deus não poderia vir, até que ele perdesse toda a sua confiança em si mesmo. Em princípio, Deus trata conosco da mesma maneira. Quando já não confiamos mais em nós próprios, Ele vem para chamar-nos. 



Fonte: Estudo-Vida de Êxodo - Mensagem 06 - W.Lee

Para Meditar...


Vivendo pela Vida de Deus - Watchman Nee




"Constituído, não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder da vida indissolúvel". (Hb 7:16)
"Não temas; eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno". (Ap 1:17 -18)
"Ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; por quanto não era possível fosse ele retido por ela". (At 2:24)
"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca". (Mt 26:41)
"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim; ainda que morra viverá". (Jo 11:25)
"Para o conhecer e o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte". (Fp 3:10)
"E qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais". (Ef 1:19-20)
"Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade". (Cl 1:29)
"Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado". (Rm 7:14)
"Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e, sim em Deus que ressuscita os mortos". (II Co 1:8-9)
"Então ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza". (II Co 12:9a)
"Posto que buscais prova de que em mim Cristo fala, o qual não é fraco para convosco, antes é poderoso em vós". (II Co 13:3)

Muitas pessoas estão vivendo pela vontade própria, e não pela vida de Deus. Eles são cristãos porque decidiram sê-lo. Decidiram por sua vontade. Eles querem santificação e estão determinados a obtê-la. Resolveram experimentar vitória em suas vidas. Por melhor que isso possa parecer, estas pessoas estão vivendo pela sua vontade. Suas vidas estão totalmente dentro da esfera de suas vontades. Semelhantemente, muita obra cristã é realizada também nesta esfera.
Você deveria ser um bom cristão, deveria ter vitória, e deveria ser cheio com o Espírito. Mas o máximo que consegue alcançar é somente desejar isso. "O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26:41b). "Pois o querer fazer o bem está em mim; não, porém o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço" (Rm 7:18b - 19). O desejo da vontade não pode lhe dar o poder de fazê-lo, pois a carne é mais forte.
Aquele que confia na vontade certamente será derrotado. A vontade é muito fraca; ela não pode levar alguém a ser vitorioso. Ela somente consegue funcionar à medida em que algo a move ou empurra. Esta não é a vida de Cristo; é a vida da vontade. Ela está destinada à derrota.
A vida de Cristo, no entanto, está acima do plano da vontade. A Sua vida nos ampara; nos leva consigo e nos conduz naturalmente. Nós nada fazemos; Ele tudo faz. Sua vida flui e transborda sobre a vontade e as circunstâncias. Não lutamos nem nos esforçamos para trilhar o caminho. Ele simplesmente nos carrega consigo, em Seus braços.
Em relação à nossa fraqueza física, a mesma regra se aplica. Não podemos nos forçar a vencer nossas fraquezas ou a viver acima delas. A vida de Cristo, porém, simplesmente flui e nos carrega consigo. Não precisamos nos reanimar e prosseguir, pois Cristo o faz por nós. Como descrito em II Coríntios 1:8-9, Paulo estava em completo desânimo tanto interna quanto externamente. Ele estava verdadeiramente em uma condição desesperadora, onde acabara-se toda a esperança. Então ele declarou que confiava na vida de ressurreição do nosso Senhor Jesus. Apenas a vida não é suficiente, é necessária a vida de ressurreição. Enquanto Romanos 7 nos mostra que a vontade é impotente - pois ela não consegue nos levar à vitória, Romanos 8 nos fala que "a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus nos livrou da lei do pecado e da morte" (v. 2).

Vivendo pela Sabedoria Humana ou pela Vida de Deus

"Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas na graça divina, temos vivido no mundo, e mais especialmente para convosco". (II Co 1:12)
"Quando se aproximava do Egito, quase ao entrar, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher de formosa aparência; os egípcios, quando te virem, vão dizer: É mulher dele, e me matarão, deixando-te com vida. Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor a ti e, por tua causa, me conservem a vida". (Gn 12:11-13)
"Aconteceu que, num daqueles dias, estando Jesus a ensinar o povo no templo e a evangelizar, sobrevieram os principais sacerdotes e os escribas, juntamente com os anciãos, e o argüiram nestes termos: Dize-nos: Com que autoridade fazes estas cousas? ou quem te deu esta autoridade? Respondeu-lhes: Também vos farei uma pergunta; dizei-me: O batismo de João era dos céus ou dos homens? Então eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do céu, ele dirá: Porque não acreditastes nele? Mas se dissermos: Dos homens, o povo todo nos apedrejará; porque está convicto de ser João um profeta. Por fim disseram que não sabiam. Então Jesus lhes replicou: Pois nem eu vos digo com que autoridade faço estas cousas". (Lc 20:1-8)
"Porque eu desci do céu não para fazer a minha própria vontade; e sim, a vontade daquele que me enviou". (Jo 6:36)
Vimos que não é pela vontade do homem que vivemos. Agora veremos que também não é a sabedoria humana o princípio que governa a vida. Todo aquele que age baseado em sua sagacidade está no caminho errado. A única pergunta que deveríamos fazer é: "Qual é a vontade de Deus?" Não permitamos de modo algum que nossa esperteza se envolva nisso. Você teme dificuldades ou problemas? Se teme, a sagacidade ou a sabedoria humana imediatamente aparecem. Você busca a gloria dos homens? Se busca, então a sagacidade se introduz rapidamente.
No entanto, se o seu desejo é seguir somente a vontade de Deus (após esta lhe ter sido mostrada), então você não será afetado pelas críticas dos homens. Atenha-se apenas à vontade de Deus. Não se importe com o que o mundo pensa; nem considere que conseqüências podem haver.
Não confie na vontade ou sabedoria humana; confie apenas na graça de Deus. Quando você cometer um erro grave, e estiver em dificuldades, simplesmente clame a Deus: "Senhor, tem misericórdia de mim e ajuda-me." Não tente se desembaraçar com mais manobras, mas lance-se sobre a misericórdia de Deus. Ele dispersará as nuvens e o livrará.
Aqueles que são brilhantes são os que se metem em mais problemas, por que confiam em sua sabedoria. Pessoas que são bem menos brilhantes têm poucos problemas, na medida em que confiam somente em Deus. Porém, onde há sagacidade, sempre haverá desonestidade, engano e pecado. Pesar a questão olhar seus vários ângulos, calcular o que pode acontecer se dissermos ou fizermos isto ou aquilo - tudo isso é sagacidade. Todavia, para o cristão isso é pecado. Deus não permitirá que você aja de acordo com sua própria forma de pensar e, sim, segundo Sua vontade. Algumas vezes você pode sentir como se estivesse caminhando diretamente contra algo pavoroso, mas se esta for Sua vontade e o Seu caminho, então não tente discutir, mas simplesmente obedeça, com a fé de uma criança.

A Lei do Espírito da Vida.

"Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros". (Rm 7:22-23)
"Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto ao que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando a seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado. A fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito". (Rm 8:2-4)
O homem apresentado em Romanos 7 vive pela sua vontade. Toda a sua vida e conduta são controladas por ele mesmo. Embora sua vontade possa ser boa, sua conduta é má. Ele se conforta dizendo, "eu anseio por Deus; minha vontade é dEle; eu odeio o pecado, não desejo fazer nada errado; desejo a vontade de Deus e quero glorificá-Lo em todas as coisas". Contudo, isso é o máximo que essa pessoa pode fazer. Ele não viu que tudo isso está na esfera da vontade. Por esta razão, ele continua debaixo da lei. O poder da sua vontade se torna o único poder da sua vida; sendo assim, ele não é capaz de sair da fraqueza para a consecução.
Muitos cristãos controlam-se bem. Eles mantêm um forte domínio sobre si. Estão determinados a não pecar, nem a ofender os outros. Com força eles se seguram, refreiam e controlam, querendo fazer de si mesmos pessoas que agem de determinada maneira e falam com um certo tom de voz, que eles aprovam. Eles, portanto, forçam a si mesmos a fazer o que não querem e se reprimem sob o poder da vontade. Mas tudo isso não passa da lei, a lei da vontade natural. Contudo, Romanos 8:2 nos diz que "a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte." Se alguém não tem experimentado isso, ou é porque não nasceu de novo ou porque não foi bem instruído no evangelho pleno de Jesus Cristo. Ele conhece apenas um evangelho imperfeito, ou então não crê realmente na Palavra de Deus, por falta de revelação.
Como a lei do Espírito da vida vence a lei do pecado e da morte? No momento em que você é salvo, você sabe o que deve fazer. Você não precisa pesar e raciocinar para saber se uma palavra ou atitude é correta ou não. Há algo dentro de você que lhe diz tudo. Portanto, não é uma questão de saber, mas sim de obedecer ou não a essa voz interior, essa luz interior. A lei do Espírito da vida está operando dentro de você o tempo todo, mas pode ser que você não tenha aprendido a obedecê-la. A forma com que esta lei vence a outra é simples, natural, sem esforços. Ao reconhecer e crer nesta lei da vida que está operando em seu interior, você simplesmente eleva sues olhos e diz ao Senhor: "Senhor, eu não posso; mas Tu podes". Isso é tudo o que você tem que fazer. Não é uma questão de tentar, mas de reconhecer esta vida em você, a qual é Cristo. Você apenas a observa viver, fluir e operar naturalmente sem esforço algum.
Imagine que você seja convidado para ir a uma casa onde, no passado, você sempre falava de maneira carnal e fazia coisas que não glorificavam ao Senhor. Será que você precisa se preparar orando muito sobre esse assunto, decidindo não repetir o que dizia ou fazia antes, e clamando ao Senhor para ajudá-lo? Não, você simplesmente crê que há uma nova lei operando em você - a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus. E esta lei o libertará. Descanse no poder da lei da vida. Não fique tentando, nem fique ansioso. Apenas confie totalmente nesta vida, nessa lei. E se você se esquecer, o Espírito o lembrará, pois isto é Sua responsabilidade. A lei opera naturalmente e sem esforço. Confie Nele com uma fé de criança, livre dos esforços, das lutas ou do empenho da vontade.
Será que essa lei espontânea está operando em você? Será que tem fluido de você, sem esforço, uma vida simples e espontânea?

Deixe de Tentar

"Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé" (Mt 6:26-30)
"Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus". (Rm 8:1)
Há uma nova lei operando em nós que é maior que a lei antiga. Creia nesta nova lei. Creia que ela está operando, e que continuará a operar. Simplesmente siga essa lei. É assim que os cristãos vivem.
As pessoas não salvas, por outro lado, precisam controlar-se. Elas precisam refrear e ordenar as suas vidas pelas suas vontades. Os salvos, no entanto, podem soltar-se. Eles podem abandonar todo esforço próprio e desistir de tentar e lutar com suas vontades. Eles se renderão nas mãos de Deus. Deixe de tentar e deixe Deus agir.

A Palavra de Deus é Viva

"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, é mais c

ortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração". (Hb 4:12)

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno". (Sl 139:23-24)
"A revelação das tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples". (Sl 119:130)
"Mas todas as cousas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz". (Ef 5:13)
"Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva". (Gn 23:30)
"A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens". (Jo 1:4)
Como vamos saber que parte de nossos pensamentos ou decisões é de Deus e que parte é nossa? Algumas vezes há apenas uma diferença mínima e conseqüentemente descobrimos que não podemos diferenciá-las. Podemos nos perguntar: "Isso sou eu, ou é o Senhor, em mim? Isso procede do meu espírito ou da minha alma?" Tentamos dissecar nossos pensamentos, palavras e ações a fim de saber qual parte é natural e qual é espiritual. Esta é uma tarefa extremamente difícil, e ficamos desesperados quando tentamos fazer a discriminação.
Tentar fazer isso é fatal. Somente resulta em perplexidade e hesitação. Nada é exato ou firme; é como estar sempre num labirinto ou em um nevoeiro. Toda essa abordagem, porém, está errada. Deus nunca nos disse que podemos distinguir dentro de nós o que é alma e o que é espírito. Tal abordagem está errada e a pessoa que tenta fazê-la também estará errado. Deus nunca quis que fizéssemos isso, porque se olharmos para dentro de nós mesmo, só veremos trevas. Examinar-se a si mesmo a esse respeito nunca nos levará a achar luz. Pois tudo é escuridão dentro em nós. Seguir este caminho não nos levará a lugar algum. É um beco sem saída. Portanto precisamos parar com essa prática.
"A palavra de Deus é viva e eficaz, é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração". Quando dizemos ou sentimos que estamos certos ou errados, o ponto fundamental é: Como sabemos? De onde veio a luz - ou seja, o conhecimento de que isso ou aquilo está certo ou errado? De dentro de nós ou da palavra de Deus? Houve revelação? Tem que haver revelação ou luz baseada na Palavra de Deus para que possamos realmente ver. No momento em que o Espírito Santo envia luz sobre a Palavra de Deus, vemos e sabemos.
Devemos ter a luz que mata. Sob tal luz vemos que tudo o que é nosso está centralizado na alma. Portanto precisamos de revelação, porque ela mata e realiza a obra. Deus não opera de outra maneira à parte da revelação. Obter revelação é suficiente, pois a obra então é realizada. No momento em que a recebemos e nos vemos como Deus nos vê, somos enfraquecidos e nossa vida da alma morre. A luz que vem da revelação traz consigo o poder; ou melhor, ela mesma é o poder. Sendo assim, tudo depende de revelação. Depois que a recebemos nada mais resta para Deus fazer. Não há um segundo passo a tomar - a revelação é a chave de tudo.
Em Peniel, Jacó disse: "Vi a Deus face a face." Esse é o local de revelação. Não apenas uma experiência, é estar face a face com o próprio Deus. Não é meramente uma operação de Deus, é a própria Luz. A luz mata, mas melhor ainda, a luz purifica. A única razão para não termos luz é não termos lugar para ela. Fechamos a porta. Estamos fechados para a luz. Ore para que possamos estar abertos a ela. Não obteremos luz até que estejamos abertos para ela. E quando a luz vem, ela mata. Portanto, após recebermos a luz, não mais devemos olhar para dentro de nós e nos perguntar se estamos certos ou errados, se é da alma ou do espírito. Somente ore: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno."
Você deve aprender a se abrir. Não engane a si mesmo, nem seja soberbo. Seja humilde e aprenda a ser sincero. Muitas vezes não somos sinceros para com Deus e com Sua Palavra. Algumas vezes a luz vem devagar, pouco a pouco. Mas quando ela vier, renda-se a ela. Ande mansamente com temor e tremor. Lide com o eu até o limite máximo, ou melhor, deixe o Espírito Santo lidar com você sem restrições. A razão pela qual somos carentes de discernimento em relação às situações de outros é porque não permitimos que Deus nos dê luz com respeito a nós mesmos. Precisamos primeiro discernir nosso próprio eu. Então poderemos ajudar outros a ver.


www.radioarvoredavida.net

O que está por trás do lado bom da vida da alma.


Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia          (Jó 42:3)


Gn 4:3-5; Mt 16:21-23
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

A vida da alma de Pedro se manifestou principalmente quando tentava fazer o bem. Em Mateus 16:21-23, vemos que Pedro começou a reprovar o Senhor, quando Ele disse que Lhe era necessário seguir para Jerusalém, sofrer, morrer e ressuscitar ao terceiro dia. Pedro disse ao Senhor que tivesse compaixão de Si mesmo, pois isso de modo nenhum Lhe aconteceria. No lugar de Jesus, nós provavelmente aprovaríamos a atitude de Pedro. Essa é uma visão superficial da situação. Muitas vezes expressamos nossa opinião segundo o lado bom de nossa vida da alma e não segundo a vontade de Deus.
O Senhor, porém, era fiel à vontade de Deus Pai acima de tudo e reconheceu que Satanás estava utilizando a emoção de Pedro para impedi-Lo de realizá-la. Quem imaginaria que as palavras amorosas de Pedro eram um obstáculo para a vontade de Deus? Se o Senhor tivesse dado ouvidos a ele e não tivesse sido crucificado e morto, não teríamos a redenção nem a igreja seria gerada. Assim, o propósito de Deus em salvar o homem e prepará-lo para reinar seria prejudicado. Esse era o intento de Satanás, e, foi por isso, que o Senhor disse a Pedro: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (v. 23).
O mesmo que aconteceu com Pedro pode ocorrer conosco, porque a alma possui dois aspectos: o bom e o mau. A parte má da vida da alma nós facilmente percebemos e rejeitamos, porque ela nos leva diretamente ao pecado. A parte boa, por outro lado, não é notada com facilidade, pois diz respeito até mesmo ao nosso serviço a Deus. Por exemplo, quando Caim apresentou uma oferta ao Senhor, ele o fez segundo o esforço proveniente da alma. Ao ser rejeitado, entristeceu-se. Quando Deus o aconselhou sobre o que deveria fazer, Caim não se arrependeu. Pelo contrário, aquele que parecia tão bom em sua alma, tornou-se mau, a tal ponto que assassinou seu irmão, Abel (Gn 4:3-5).
Como a vida da igreja é seguir o Senhor, devemos negar não somente a parte má da vida da alma, mas também a parte boa, pois ambas têm a mesma origem: Satanás. No registro da experiência de Pedro, o Senhor repreendeu Satanás, pois a origem daquela boa atitude era satânica. De fato, tudo o que é produzido pela vida da alma, seja bom ou mau, tem origem em Satanás. Daí a importância de negarmos o ego, tanto naquilo que se inclina para o pecado, como naquilo que produz coisas boas, mas que impedem que a vontade de Deus se cumpra. Isso é o que devemos praticar, não somente nas reuniões da igreja ou quando estamos envolvidos no serviço a Deus, mas em todo o tempo, principalmente na vida familiar e social.

Aprender com o apóstolo Pedro.


Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus (Mt 17:5, 8)


Mt 17:1-8; Lc 22:50-51
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

No passado, achávamos que Deus utilizava o sofrimento físico como a principal maneira de nos levar a negar a vida da alma. Por exemplo, quando algum acidente ou doença nos acometia, entendíamos que Deus estava nos levando a negar a nós mesmos naquela situação. Quando o problema era resolvido, pensávamos já haver negado a vida da alma o suficiente. Com o tempo, percebemos que essa não é a maneira mais eficaz para receber o trabalhar de Deus em nosso coração. Infelizmente, mesmo depois de passar por situações difíceis e até mesmo dramáticas, muitos continuam orgulhosos, inflexíveis e fortes em sua opinião natural.
A maneira que Deus utilizou para amadurecer Pedro foi prová-lo com o fogo ardente do Espírito. Em Mateus 16, Pedro obteve de Deus Pai a revelação de que Cristo é o Filho do Deus vivo; imediatamente após isso, o Senhor Jesus lhe revelou a igreja como o ambiente onde negamos a nós mesmos para segui-Lo (Mt 16:17-18). Embora já tivesse recebido a revelação de Cristo e da igreja, Pedro ainda estava cheio de si mesmo e de suas próprias opiniões. Por essa razão, o Senhor lhe revelou que para segui-Lo, Pedro ainda precisava negar a si mesmo, isto é, o seu ego.
Em Mateus 17, vemos Deus lidando com a vida da alma de Pedro. Quando o Senhor Jesus foi transfigurado, Pedro, Tiago e João presenciaram Elias e Moisés falando com Ele. Nessa ocasião, Pedro disse a Jesus: “Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias” (v. 4). No mesmo instante, ele foi interrompido por uma nuvem luminosa que os envolveu e uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (v. 5). Isso mostra que devemos negar nossas preferências e dar ouvidos somente ao Senhor.
Ainda em Mateus 17, ocorreu outra situação em que Pedro manifestou sua opinião sem antes ouvir o Senhor. Quando os cobradores do imposto para o templo lhe perguntaram se Jesus pagava tributo, ele respondeu que sim. Mas quando entrou em casa, o Senhor Jesus lhe
disse: “Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos? Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os filhos” (vs. 25-26). Sendo Filho de Deus, o Senhor Jesus estaria isento de impostos. Contudo, como Pedro se adiantou em dizer que Ele pagaria, dando lugar à sua própria opinião, o Senhor lhe disse que fosse ao mar e lançasse o anzol. O primeiro peixe fisgado traria na boca um estáter para ser pago como imposto pelo Senhor e por Pedro.
O Senhor fez isso para que Pedro aprendesse a lição de não abrir a boca precipitadamente, sem depender Dele. Cremos que enquanto esperava para apanhar o peixe, Pedro teve tempo de se arrepender e perceber o quanto sua vida da alma era prejudicial. Enquanto aguardava e se arrependia, ele deve ter experimentado um fogo ardente queimando suas impurezas.
O aprendizado de Pedro foi gradual, pois em outras ocasiões sua vida da alma voltou a se manifestar, como quando, no jardim do Getsêmani, usou uma espada e cortou a orelha do soldado que estava para prender o Senhor Jesus. Novamente, as características naturais de Pedro vieram à tona e o Senhor lhe ensinou mais uma lição, curando a orelha do soldado e mostrando que não precisava de sua ajuda natural (Lc 22:50-51).
Louvado seja o Senhor, pois em toda situação temos a chance de negar a vida da alma e, assim como Pedro, aprender a ouvir o Filho de Deus.