16 dezembro, 2012

A parábola da rede e a igreja em Laodiceia.

Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te (Ap 3:18-19)


Mt 13:47-50; Ap 3:14-22
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Infelizmente, depois de Filadélfia, ainda há a igreja em Laodiceia, cuja condição revela os que se consideram ricos e abastados, porém não percebem que são miseráveis, pobres, cegos e nus (Ap 3:17). Esses são os que, por terem muito conhecimento da Palavra de Deus, julgam ter tudo e não precisam de mais nada; esse conhecimento faz deles pessoas orgulhosas e mornas no espírito (vs. 15-16).

A sétima parábola, relacionada a essa igreja, é a da rede em Mateus 13:47-50: “O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes”. A rede que foi lançada ao mar se enche e é trazida até a praia. Aparentemente há muito conteúdo nela, mas depois se descobre que nem tudo ali é peixe. Uma vez na praia, é preciso fazer a triagem. Os peixes vão para o cesto; os demais itens são deitados fora. Assim é todo aquele que é orgulhoso por seu conhecimento. Engana-se por pensar que tem muito, mas é pobre da presença do Senhor, cego em relação à vontade de Deus e nu em seu viver. Em uma igreja com tanta pompa, como Laodiceia, o Senhor só pode estar do lado de fora. Mesmo assim, o Senhor a chama ao arrependimento (Ap 3:19).
Espiritualmente, as condições das sete igrejas expõem a situação do povo de Deus em diferentes épocas e lugares. Historicamente, o período representado pelas três primeiras igrejas já passou. As quatro últimas igrejas permanecerão até a volta do Senhor: Tiatira prefigura os que introduziram a idolatria e ensinamentos pagãos; Sardes simboliza vários grupos que após a reforma só mantiveram a aparência e não completaram a obra de restauração; Filadélfia tipifica a restauração do viver adequado da igreja, um viver de amor fraternal; e Laodiceia representa os que se consideram ricos, por isso se tornaram orgulhosos e fechados.
Por misericórdia, o Senhor chama vencedores de todas as sete igrejas (2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21). Porém, se formos sábios, estaremos atentos a ouvir o que o Espírito diz às igrejas e buscaremos ter a realidade da igreja em Filadélfia – a única louvada por Deus –, sendo aqueles que invocam o nome do Senhor e desfrutam de Sua palavra (3:8). Se andarmos por esse caminho, não somente seremos poupados da tribulação que há de vir sobre o mundo inteiro, como também conservaremos a coroa, isto é, estaremos prontos para reinar com Cristo por mil anos no reino milenar (3:10-11; 20:6). Aleluia!



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Escrito por Dong Yu Lan

A parábola do tesouro e a igreja em Sardes, e a parábola da pérola e a igreja em Filadélfia.

Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap 3:10-11)

 
Mt 13:44-46; Ap 3:1-13

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Veremos hoje sobre a quinta igreja, a igreja em Sardes (Ap 3:1-6), cujo nome significa restauração. Ela prefigura o período da igreja a partir da reforma iniciada por Martinho Lutero, por volta do ano 1500. Com a reforma, a Bíblia, que antes era proibida às pessoas comuns e somente podia ser lida pelo clero em latim, foi traduzida para várias línguas e tornou-se acessível para todos. A invenção da imprensa contribuiu muito para a divulgação da Palavra de Deus.

Esse movimento abriu portas para diferentes interpretações da Bíblia e o surgimento de grupos cristãos baseados nessas interpretações. Assim o Corpo de Cristo se fragmentou em inúmeras “igrejas”. Por isso, para a igreja em Sardes, o Senhor diz: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te” (vs. 1b-3a). “Ter nome de que vive, mas estar morto” indica que não tomaram a Palavra de Deus como vida, mas apenas como doutrina.

A quinta parábola, que é a do tesouro escondido no campo, pode ser associada à igreja em Sardes (Mt 13:44). Embora o homem tenha encontrado o tesouro e pago todo o preço para comprar o campo, o tesouro continuou escondido. Em outras palavras, embora a Bíblia tenha sido aberta e muitas verdades restauradas, deixaram escondido o mais importante e usaram as diferentes interpretações da Palavra para causar divisão no Corpo de Cristo. Que o Senhor nos guarde de apenas estudar e analisar a Bíblia e assim causar divisões; antes, tomemos a Palavra no espírito, com oração, a fim de praticá-la, para que se torne realidade em nosso viver.

A sexta igreja descrita em Apocalipse é a igreja em Filadélfia, cujo nome significa amor fraternal (Ap 3:7-13). Ela simboliza aqueles que nos dias atuais, embora tenham pouca força, guardam a palavra do Senhor e não negam Seu nome, isto é, O invocam e não tomam nenhum outro nome além do nome do Senhor. Como resultado desse viver, estão mais no espírito, e ganham mais da vida de Deus.

Quanto mais a vida de Deus cresce em nós, mais manifestamos a característica principal dessa vida: o amor. O resultado de guardar a Palavra e da prática de invocar o nome do Senhor é o amor fraternal, daí o nome Filadélfia. Essa é a verdadeira restauração!

A parábola em Mateus 13 que se relaciona à igreja em Filadélfia é a da pérola: “O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra” (vs. 45-46). O que negocia é um especialista e sabe o valor da pérola que comprou. Aqui não diz que ele a escondeu, mas comprou-a para exibi-la. Hoje, quando saímos para pregar o evangelho em todos os lugares, utilizando os instrumentos que o Senhor nos deu, como os livros que revelam o evangelho do reino, estamos apresentando essa pérola de grande valor a todas as pessoas! Aleluia!



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Escrito por Dong Yu Lan

14 dezembro, 2012

A parábola do fermento e a igreja em Tiatira.

Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Cl 2:8).
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes (1 Tm 4:16)

 
Mt 4:4; 13:33; Ap 2:18-29

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A quarta igreja de Apocalipse 2-3, a igreja em Tiatira (vs. 18-29), corresponde à parábola da mulher que colocou fermento nas três medidas de farinha: “Disse-lhes outra parábola: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado” (Mt 13:33). A função do fermento é fazer a massa crescer e deixar o pão macio para ser ingerido. Um pão sem fermento, isto é, asmo, é mais difícil de ingerir.

As três medidas de farinha se referem ao Deus Triúno como suprimento de vida, segundo a pura palavra de Deus (cf. Gn 18:6; Lv 5:11). O fermento está relacionado aos ensinamentos e doutrinas errôneos (Mt 16:12; Gl 5:9) ou a pecados (1 Co 5:8). A mulher aqui se refere a Jezabel, e o fermento que levedou toda a massa são seus ensinamentos que induziram os servos de Deus a praticar a prostituição e a comer coisas sacrificadas aos ídolos (Ap 2:20; 1 Rs 16:31; 18:4; 21:25; 2 Rs 9:22).

Quando o fermento entrou, isto é, quando muitas doutrinas pagãs e até demoníacas foram introduzidas na igreja, especialmente na idade média, trouxe anormalidade. Esses ensinamentos fizeram com que a igreja crescesse e se expandisse rapidamente, pois as várias doutrinas e práticas pagãs tornaram a Palavra mais agradável aos povos, que assim não precisavam deixar suas práticas pagãs ao se converterem ao cristianismo. Além disso, foi introduzido o ensinamento sobre adorar Maria, e sutilmente o nome do Senhor Jesus foi deixado de lado, parou de ser invocado.

O pão que nós comemos tem de ser asmo, sem fermento, isto é, a palavra que falamos deve ser pura, sem mistura. Não devemos inserir filosofias, conceitos ou tradições de homens para deixar a Palavra mais agradável aos ouvidos das pessoas. Embora muitas vezes a palavra pura do Senhor seja de difícil assimilação, ainda assim devemos tomá-la no espírito, com oração, pois ela é alimento para nós e por ela devemos viver (cf. Mt 4:4).
 







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Escrito por Dong Yu Lan

13 dezembro, 2012

Confiar somente em Deus...


Confiar somente em Deus.     

   
 
O momento de oração, quando nos encontramos face a face com Deus, é de vital importância, não apenas para fazermos petições e súplicas, mas principalmente para sermos renovados em Sua presença. Pela oração, entramos na presença de Deus e permanecemos em Sua presença. Somente aqueles que têm a experiência genuína de encontrar-se com Deus por meio da oração é que podem avaliar corretamente a preciosidade desse momento. Jeanne Guyon, serva do Senhor de séculos atrás, popularmente conhecida como Madame Guyon, disse: "Orar nada mais é que voltar nosso coração em direção a Deus e receber em troca Seu amor".

Orar é o maior privilegio que um ser humano pode ter, ou seja, é ter acesso direto e sem intermediários ao Deus criador, falar a Ele e ser ouvido por Ele. 0 salmista disse: "De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando" (Salmos 5:3). Ainda que estejamos em uma situação em que ninguém possa nos ouvir, Deus está sempre atento às nossas orações. "Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invoca-lo-ei enquanto eu viver" (Salmos 116:1-2).


O irmão Watchman Nee certa vez disse que "a oração é o ato mais maravilhoso na esfera espiritual, assim como o assunto mais misterioso". É, na verdade, a primeira ação de um cristão, para ser salvo, quando este invoca o Senhor de todo coração. De fato, invocar o Senhor e a oração mais simples e é praticada pelos cristãos de todas as eras em todo lugar (1 Coríntios 1:2). Na esfera espiritual, orar é como respirar. Desde que fomos salvos até nos encontrarmos com o Senhor, nossa vida deve ser permeada pela oração. A oração não demanda um lugar específico ou um horário determinado. Deus está sempre pronto para nos ouvir. Podemos orar em voz alta, em voz baixa ou sem emitir qualquer som. Podemos orar em pé, sentados, ajoelhados ou deitados. Podemos orar individual ou coletivamente. Podemos orar nos momentos de alegria ou de aflição. 0 local de oração onde nos encontramos com Deus é nosso espírito regenerado. 0 momento adequado para orar é "agora", a qualquer momento.

Orar nos leva à presença de Deus e nos consola, revigora, encoraja, confirma na fé. A oração nos capacita a resistir a Satanás e nos liberta de sua opressão. Em oração exercitamos o amor pelos irmãos e pelos que ainda não conhecem a Deus. Orando, deixamos toda nossa ansiedade nas mãos do Senhor, rendemo-nos a Ele e paramos de nos debater, tentando resolver nossos problemas por nós mesmos. A oração também é instrumento de louvor e ações de graças, por tudo que Deus é para nós. Nos momentos de intimidade com Deus, abrimos nosso coração a Ele e derramamos lágrimas de gratidão por Seu infinito amor e por Sua longanimidade para conosco. Falar com Deus e ser ouvido por Ele é um privilégio do qual não deveríamos abrir mão.

Contudo, apesar de todos esses benefícios, não são muitos os cristãos que têm uma vida saudável de oração. Muitos dizem que não sabem como orar, não sabem o que falar para Deus. Outros afirmam que, quando vão orar, logo seus pensamentos começam a passear e são distraídos de Deus. Outros ainda dizem que não oram porque sua fé é muito pequena. Para todos esses amados irmãos e irmãs, apresentamos uma arma poderosa que vence todos esses problemas: a Palavra de Deus. Todos precisamos aprender a "orar a Palavra". Quando for a Deus em oração, abra sua Bíblia no trecho de sua leitura diária e faça das palavras da Bíblia as palavras de sua oração.


Fonte: Jornal Árvore da Vida

Acesse o Artigo Original: http://www.igrejaemfabriciano.com.br/2012/03/confiar-somente-em-deus.html#ixzz2EwMDHbyH

Refletindo...

Manter a base e ministrar Cristo


 Quando vamos a um lugar, desde que a igreja lá esteja na base correta, devemos ser um com ela. Ela pode ser fraca, e necessitar de muito aperfeiçoamento, contudo, ela ainda é a igreja na base correta. Se formos lá, precisamos nos reunir com ela. Não temos direito e nem posição para estabelecer outra coisa. Quer ela pratique a aspersão ou não, quer ela pratique falar em línguas ou não, quer tenha o cobrir a cabeça ou não, ainda precisamos caminhar com ela porque ela é a igreja na base correta.

Não devemos nos agarrar a nenhuma doutrina, mas somente aderir à abundância da vida de Cristo. Não importa o que a igreja em um certo lugar pratique, precisamos simplesmente ministrar Cristo a ela. Não devemos nos preocupar com as doutrinas, mas somente com o rico suprimento de Cristo a lhe ser ministrado.


Precisamos estar bem cheios de vida – isso é tudo.


Nada devemos levar aos diferentes lugares, e por nada mais devemos nos posicionar além de Cristo e da igreja na base correta. Se estamos plenos de Cristo e bem fortes no espírito, nada pode impedir-nos de inflamar outros. Por fim, toda a igreja naquele lugar será inflamada por nós.


Precisamos aprender a manter a base e não nos posicionarmos por qualquer outra coisa. Desde que não haja nada pecaminoso na igreja onde estamos, devemos caminhar com ela. Em seguida, deveríamos simplesmente ministrar Cristo às pessoas. Nunca deveríamos causar divisão, sempre ministrar Cristo.


Realmente precisamos ser libertos de todas nossas doutrinas. Por nada mais deveríamos ser além de Cristo e a igreja. Desde que ela esteja na base correta, não importa quão pobre e fraca seja, precisamos ser um com ela. Assim nunca seremos aqueles que causam divisão.


Sem dúvida, não podemos concordar com nenhuma divisão. Isso, porém, não pode impedir nossa comunhão. Não importa se outros estão ou não em divisões, precisamos reconhecer que eles são nossos irmãos. Isso não significa que concordamos com suas divisões, todavia, precisamos amar todos os santos, até mesmo aqueles na Igreja Católica Romana. Há alguns crentes genuínos na Igreja Católica Romana, e todos estes têm a mesma vida divina que nós. Eles podem vestir seus trajes clericais, contudo, em redenção e em vida somos todos iguais.


A nossa prática é uma coisa, mas tomarmos nossa prática como base para comunhão é outra coisa. A nossa prática pode ser de acordo com nossas necessidades. Todavia, não devemos tornar a nossa prática a base da comunhão.


Podemos praticar certas coisas porque elas nos ajudam, mas não devemos fazer de qualquer prática uma base para nossa comunhão. Realmente necessitamos de graça para isso.




Fonte: A expressão prática da igreja – W.Lee


A parábola do grão de mostardae a igreja em Pérgamo.

Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt 4:4)

Gn 1:11-12; Mt 13:31-32
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A terceira parábola é a do grão de mostarda que, embora sendo uma hortaliça, cresceu a ponto de se tornar uma árvore em que até as aves se aninham (Mt 13:31-32). A mostarda é uma hortaliça que serve de alimento às pessoas e deve permanecer como tal. Esse crescimento é contrário ao princípio divino estabelecido em Gênesis 1 de que cada planta daria fruto segundo sua espécie (vs. 11-12). Portanto uma hortaliça crescer a ponto de se tornar árvore é um crescimento anormal.
 
Alguns interpretam erroneamente esse crescimento anormal e pensam que descreve o aumento de uma igreja em número, como se fosse algo positivo. Porém temos de nos lembrar de que “as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos” (Mt 13:32). Segundo a própria interpretação do Senhor na parábola do semeador, as aves representam o maligno (vs. 4, 19). Portanto essa figura se refere ao crescimento anormal em número, ocorrido quando o cristianismo tornou-se a religião oficial adotada pelo império romano.
 
Essa parábola se relaciona à terceira igreja: Pérgamo. A palavra Pérgamo tem dois significados: um é torre alta, lugar elevado, outro é casamento. Isso estava relacionado ao fato de que naquele momento os cristãos obteriam na sociedade uma posição mais elevada e forte com o casamento entre a igreja e a política. Nos dias prefigurados pela igreja em Pérgamo, o inimigo de Deus deixou de usar o império romano para perseguir a igreja, pois a perseguição só ajudara a produzir um aumento no número de cristãos. Satanás mudou sua tática: a igreja que antes era perseguida, passou a ser exaltada.
 
Na época em que o imperador Constantino supostamente se converteu ao cristianismo, os cidadãos eram incentivados a se converter também, recebendo por isso benefícios materiais e isenção de impostos. Assim, por conveniência, muitos se tornaram cristãos, não por invocar o nome do Senhor, mas para obter benefícios. Isso levou a igreja a uma condição anormal. Com o passar do tempo, o número de cristãos nominais aumentou, e a autoridade eclesiástica passou a ser mais forte que a do império romano. Que o Senhor nos livre desse tipo de engano e nos mantenha sempre no caminho da vida!




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Escrito por Dong Yu Lan

A parábola do joio e a igreja em Esmirna.

Não temas as coisas que tens de sofrer. [...] Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2:11). 
Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós (Rm 8:18)

Mt 13:24-30, 36-43
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A segunda carta de Apocalipse 2:3 foi escrita à igreja em Esmirna. A palavra Esmirna quer dizer mirra, resina amarga usada para embalsamar. Isso indica que a igreja iria passar por sofrimento.
 
De acordo com a história, muitos cristãos foram martirizados sob a perseguição do império romano nesse período. Mas a igreja invocava o nome do Senhor, e, assim, os irmãos permaneciam firmes. Durante o período prefigurado pela igreja em Esmirna, houve dez grandes perseguições (Ap 2:10), porém, mesmo em meio à tanta tribulação, o número de cristãos aumentou. Certamente a palavra do Senhor e o Seu nome os encorajaram a ser fiéis até a morte, assim como foi Antipas, a fiel testemunha do Senhor (vs. 11, 13b).
 
Essa carta se relaciona à segunda parábola, a do joio, em Mateus 13. O fato de haver joio plantado no mesmo campo que o trigo traz sofrimento para o trigo. O joio não foi semeado pelo senhor da terra, mas pelo inimigo (vs. 24-25).Uma vez que a semente do joio e a semente do trigo foram semeadas no mesmo terreno, as raízes se entrelaçam debaixo do solo. Se o joio fosse arrancado, poderia também arrancar-se o trigo. Por isso o senhor disse a seus servos: “Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (v. 30).
 
Quando o trigo amadurece, por causa de seus muitos grãos, a espiga se encurva, porque está cheia de vida. Quanto mais vida há, mais se encurva. O joio, porém, não é assim; fica ereto. Então o motivo de deixar crescer trigo e joio juntos é que aqueles que têm vida, quanto mais crescem, mais frutos dão e mais humildes se tornam. Contudo os que são como joio, quanto mais crescem, mais orgulhosos se tornam.
 
Segundo a explicação do Senhor nos versículos 37-43, quando Ele vier com Seus anjos na consumação do século, todos seremos julgados em Seu tribunal. Os que têm a vida de Deus, representados pelo trigo, poderão adentrar o reino milenar (v. 43). Todavia todos os escândalos e os que praticam a iniquidade serão ajuntados e lançados na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes (vs. 41-42). O joio, que simboliza os filhos do maligno, será atado em feixes e jogado para ser queimado na fornalha acesa.
 
Embora o joio represente os incrédulos, para fim de aplicação à nossa experiência, podemos dizer que também se refere a cristãos que, por viver na vida da alma, são usados pelo maligno como obstáculos para o crescimento espiritual dos crentes sequiosos e que amam o Senhor. Nesse sentido, a fornalha acesa também pode se referir às trevas exteriores, nas quais os cristãos anímicos serão lançados para amadurecer no milênio (25:30). Esse processo para acelerar o amadurecimento dos filhos de Deus imaturos é o mesmo que certas frutas sofrem numa estufa por terem sido colhidas ainda verdes. O objetivo não é destruí-las, mas amadurecê-las.
 
Todos nós necessitamos de crescimento, amadurecimento. Por isso precisamos aproveitar todas as oportunidades que surgem na vida normal da igreja para crescer. Muitas vezes, passamos por perseguições e calúnias de pessoas que desejam nos destruir. Mas nessas situações de oposição e sofrimento, devemos buscar crescer mais e nos tornar filhos maduros. Por fim, os que amadurecerem serão justos e “resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai” (13:43).




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Escrito por Dong Yu Lan

A parábola do semeador e a igreja em Éfeso.

Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação (2 Tm 1:6-7)

At 20:18-31; Ef 3:1-12; 1 Tm 1:1-5
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A parábola do semeador se relaciona com a primeira das igrejas de Apocalipse, a igreja em Éfeso, que simboliza a igreja na época dos apóstolos. A igreja em Éfeso recebeu bastante cuidado do apóstolo Paulo (At 19:8-10; 20:18-31). Ela deveria estar numa condição desejável, como o próprio nome significa. Mas, na época de Paulo, não estava numa condição tão boa.
 
Quando foi aprisionado pelos judeus e enviado a Roma, Paulo escreveu quatro epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Embora, pessoalmente, não pudesse estar lá para ajudar na edificação da igreja, esperava que os efésios tomassem suas palavras e assim edificassem a igreja em Éfeso. O objetivo da epístola era que a igreja pudesse lê-la e praticá-la. A carta aos efésios continha as revelações elevadas sobre a economia neotestamentária de Deus, isto é, sobre a Fé objetiva ser trabalhada em nossa fé subjetiva (cf. Ef 3:2-4, 8-9)¹.
 
Após ser solto de seu primeiro aprisionamento, Paulo visitou novamente as igrejas da Ásia e passou por Éfeso, porém não pôde permanecer no meio deles por tanto tempo como anteriormente. Assim quando partiu deixou ali seu jovem cooperador Timóteo, a quem mais tarde enviou uma epístola na qual pediu a ele para que admoestasse certos irmãos que não ensinassem coisas diferentes da economia de Deus (1 Tm 1:3-4)². Porém, a situação em Éfeso era tão negativa e subjugadora que até mesmo Timóteo ficou desencorajado. Paulo, então, lhe escreveu uma segunda carta para animá-lo.
 
A igreja em Éfeso naquela condição não era desejável. Nisso vemos a relação entre a primeira parábola e a igreja em Éfeso. O coração dos santos ali talvez estivesse como os três primeiros tipos de solo na parábola do semeador, de modo que a Palavra não pôde frutificar. Timóteo, mesmo exortando-os a não ensinar diferentemente, não conseguiu fazê-los permanecer firmes na economia divina. Podemos dizer que os irmãos de Éfeso usaram a mente para estudar e analisar os ensinamentos de Paulo, porém não o espírito para absorvê-los. Por fim, apenas os consideravam como doutrina. Essa nunca foi a intenção do apóstolo Paulo.
 
Hoje há muitos cristãos que também tomam a Palavra de Deus como doutrina e até mesmo se orgulham em ter maior conhecimento bíblico que os demais. Esse tipo de atitude não produz crescimento espiritual, e sim o fortalecimento da soberba, da vida da alma.
 
A situação negativa da igreja em Éfeso e o desencorajamento de Timóteo diante dessa situação motivaram o apóstolo Paulo a lhe escrever uma segunda epístola, exortando-o a reavivar, ou reacender, o dom que havia nele (2 Tm 1:6). Igualmente, nós devemos exercitar nosso espírito ao ler a Palavra e aplicá-la à nossa experiência, a fim de que se torne nossa realidade. Desse modo, assim como a semente que caiu em boa terra, a palavra do reino poderá germinar, crescer e dar fruto a cem, a sessenta e a trinta por um.


¹A palavra “dispensação” no v. 2, na língua original grega, é “economia”.
²A palavra “serviço” no v. 4, na língua original grega, também é “economia”.



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Escrito por Dong Yu Lan


10 dezembro, 2012

Ter ouvidos para ouvir o que o Espírito diz às igrejas.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça (Mt 13:9).
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas (Ap 3:6)

Ap 1:4, 11, 20; 2:7a, 11a, 17a, 29; 3:13, 22
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Nesta semana veremos a relação das sete igrejas de Apocalipse 2 e 3 com as sete parábolas de Mateus 13. As sete igrejas citadas em Apocalipse estavam situadas em sete cidades na Ásia Menor, área onde Paulo realizou sua obra (Ap 1:4, 11). Não havia apenas sete igrejas naquela região; havia outras igrejas ali, como a igreja em Colossos (Cl 4:15-16), mas essas sete foram usadas para prefigurar profeticamente a história da igreja bem como a sua condição espiritual.
 
Há um significado profético no nome das cidades da Ásia onde estavam as sete igrejas. A primeira é a igreja em Éfeso. O nome Éfeso significa desejável. A segunda é a igreja em Esmirna, cujo nome significa mirra, uma planta de gosto amargo, portanto relacionado a sofrimento. A terceira é a igreja em Pérgamo, cujo nome significa torre alta e também casamento; isso indicava seu casamento com o mundo e sua condição anormal de crescimento. Depois temos a quarta igreja em Tiatira, que significa sacrifício incessante e que se refere à mistura introduzida na igreja de ensinamentos pagãos a partir do quarto século. A quinta é a igreja em Sardes, cujo nome significa restauração, prefigurando uma nova condição da igreja no período pós-reforma; embora tivesse o nome de restauração, ela não fez a obra completa que lhe fora confiada. A sexta é a igreja em Filadélfia, cujo nome significa amor fraternal. E a sétima é a igreja em Laodiceia, cujo nome quer dizer julgamento ou direito do povo.
 
Nas cartas a essas sete igrejas, vemos o amor e o cuidado do Senhor por meio do que Ele tinha a dizer a cada uma delas naquela época, bem como o aspecto profético, que mostra toda a história da igreja. Veremos a relação dessas igrejas com as parábolas de Mateus 13 a partir da leitura de amanhã. Por isso “quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2:7a, 11a, 17a, 29; 3:6, 13, 22).




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Escrito por Dong Yu Lan

O processo de purificação do coração e da alma

No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor (Rm 12:11) 
Porque o nosso Deus é fogo consumidor (Hb12:29)

1 Pe 1:6-7
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Quando permitimos que o Espírito queime com Seu fogo nosso ser natural, com seus desejos e ambições, todas as coisas que impedem o crescimento da palavra do reino em nós são aos poucos removidas. Assim nosso coração se torna como o quarto tipo de solo em Mateus 13:8: uma terra boa, na qual a semente frutifica a cem, a sessenta e a trinta por um.
 
De fato, a melhor maneira para que nosso coração se torne uma boa terra é permitir que ele seja provado pelo fogo, assim como o ouro é lançado no cadinho, onde é purificado. Em 1 Pedro 1:6-7 lemos: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”.
 
Quando o ouro é garimpado, o minerador não remove todas as impurezas apenas com água. O minério precisa ser colocado no cadinho, e este, no fogo. O minério de ouro é um dos metais mais pesados da natureza. Quando é colocado no cadinho superaquecido e chega a uma temperatura alta, os metais e elementos mais leves a ele misturados vêm à tona e, desse modo, podem ser retirados. Todavia, para conseguir que o ouro fique quase puro, não é suficiente passar por uma purificação apenas. A fim de remover mais impurezas, a temperatura tem de ser aumentada. Só assim, outras impurezas poderão vir à superfície para serem removidas. Todavia o ouro físico, mesmo refinado pelo fogo, ainda é perecível.
 
Ao registrar isso, Pedro não se refere ao ouro físico tampouco ao fogo terreno; antes, ele está falando da preciosidade da nossa fé e do fogo do Espírito Santo. Isso nos encoraja a voltar ao nosso espírito mesclado com o Espírito de Deus e mantê-lo fervoroso (Rm 12:11). Quando estamos no espírito, é fácil confessarmos os pecados e nos arrependermos de nosso ser natural. Além disso, no Espírito que está em nós, há o fogo que queima as impurezas de nosso coração e de nossa alma. Aleluia!
 
Desse modo, nos tornamos uma boa terra capaz de produzir a cem, a sessenta e a trinta por um. Louvado seja o Senhor!





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Escrito por Dong Yu Lan

Purificados com fogo.

O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor  (Pv 17:3)

Mt 3:11; 1 Pe 1:7
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Em Mateus 3:11 lemos: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Essas palavras foram ditas por João Batista referindo-se ao Senhor Jesus. Era como se ele dissesse: “Eu batizo vocês com água porque sou o precursor do Senhor e estou preparando-Lhe o caminho. Eu batizo com água para ajudar as pessoas a se arrependerem, isto é, a negarem a vida da alma. Dessa forma, vocês podem receber a vida de Deus”.
 
Embora o fogo mencionado no versículo 11, com que o Senhor batizava, possa ser vinculado ao fogo do versículo 12, o fogo inextinguível, segundo a nossa experiência e a revelação de 1 Pedro 1:7, podemos aplicar esse fogo ao queimar interior do Espírito, pelo qual Ele nos purifica assim como o fogo deixa o ouro livre de impurezas.
 
Pedro escreveu sua primeira epístola quando já estava bem maduro. Porém, no relato dos evangelhos, vemos Pedro manifestando uma vida da alma fortíssima. Quando ele seguia o Senhor, muitas vezes o Senhor desmascarava sua vida da alma.
 
Nossa natureza caída herdada de Adão, isto é, nossa vida da alma, é igualmente muito forte, pois é resultado de nosso nascimento natural. Quando cremos no Senhor, Ele inicia uma obra transformadora e purificadora em nós,  para eliminar aos poucos nossa vida da alma. Segundo nossa experiência no passado, quando passávamos por sofrimentos, situações graves, como acidentes de carro, enfermidades ou mesmo situações financeiras adversas, pensávamos que essa era a maneira de o Senhor nos levar a negar nossa vida da alma. Porém temos visto que, uma vez que a situação adversa termina, nossa vida natural ainda está lá e pronta para se manifestar novamente. Isso nos leva a concluir que o simples fato de passarmos por sofrimentos não basta para lidar com nossa vida da alma; precisamos do queimar do Espírito Santo em nosso interior.
 
Vejamos, por exemplo, a experiência de um irmão que estava doente. Com essa situação ele foi diante do Senhor e confessou seus pecados. Após essa confissão, ele sarou. Passado, porém, um tempo, a doença voltou. Ele pensou: “Será que há alguma coisa que ainda não confessei?”. Assim, ele foi novamente diante do Senhor, procurando saber o que estava acontecendo, e o Senhor lhe mostrou mais coisas. Ele, então, orou: “Ó Senhor, eu tirei aquela pedra, mas agora encontrei outra mais profunda que não vi na primeira vez. Quero negar minha vida da alma. Retira essa pedra”. O Senhor ouviu sua oração, e ele sarou de novo. Contudo a doença veio pela terceira vez, e a situação se tornou muito grave: ele estava entre a vida e a morte. Ele, mais uma vez, orou: “Senhor, eu já Te confessei uma vez, duas vezes... será que ainda há mais coisas que confessar?”. O Senhor lhe mostrou mais coisas, ele as confessou, e o Senhor o curou. Mas ainda havia manifestações de sua vida da alma. Quando a igreja queria avançar no mover do Senhor, ele não seguia junto com a igreja; antes, queria servir de maneira própria. A despeito de todo sofrimento pelo qual já havia passado, seu ser natural ainda persistia. Levou tempo, mas, por fim, ele percebeu que não era questão de confessar pecados apenas, mas de abrir mão de si mesmo, de seu ego, de suas opiniões, e se submeter ao Senhor.
 
Essa situação é comum a todos nós; temos uma vida da alma muito forte. Apenas o sofrimento pelas circunstâncias exteriores não consegue eliminá-la. Precisamos voltar-nos ao Senhor e permitir que o fogo do Espírito Santo nos queime e purifique, assim como o fogo purifica o ouro.




Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

Esforçar-se para tomar posse do reino.

Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele  (Mt 11:12)

Mt 3:2; 4:17; 10:7
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Precisamos ter sede da Palavra de Deus, porque estamos nos preparando para governar no mundo que há de vir. Infelizmente, porém, há um grande número de pessoas que só busca ter conhecimento. Eles não têm a visão de que tudo o que temos hoje visa ao reino, ao mundo que há de vir. Até mesmo na obra de vários grupos cristãos, muitos não têm essa visão. Não viram que foram chamados para também reinar. Entretanto, àqueles que veem o Senhor diz: “Bem-aventurados, porém, os vossos olhos porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem” (Mt 13:16). Devemos estar atentos à revelação que o Senhor tem para nós.

Deus faz um trabalho de preparação em nós, para que cresçamos em Sua vida, negando a nós mesmos, tomando a cruz e perdendo a vida da alma. Por outro lado, Ele nos fala muitas palavras relacionadas à obra do ministério. Desse modo, além de crescer em vida, somos aperfeiçoados na obra. Se hoje praticamos a Palavra servindo na obra do Senhor, um dia seremos úteis na obra do ministério.
 
Em Mateus vemos que, ao sair para pregar, João Batista disse: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (3:2). Depois que o Senhor Jesus foi batizado, quando saiu para levar a cabo Seu ministério terreno, Ele também pregou isso (4:17). Mais tarde, Ele escolheu doze apóstolos entre os que O seguiam para ajudá-Lo a divulgar mais rapidamente o evangelho do reino (10:7). Aqueles a quem encarregou o evangelho do reino, Deus quer aperfeiçoar e preparar para que, um dia, possam reinar juntamente com Ele. O Senhor deu essa visão àqueles que já sabiam o que é o reino dos céus. Todavia não basta apenas saber isso; o reino dos céus se obtém por esforço, por violência (12:11). Se queremos nos preparar da melhor maneira possível, devemos, por um lado, crescer em vida e, por outro, ser diligentes, aproveitando as oportunidades para sermos aperfeiçoados na obra do ministério.
 
Por exemplo, quando estamos à mesa na hora do almoço, qual deve ser o assunto da conversa? Numa condição normal, deve ser sobre o que temos desfrutado do Senhor e as experiências que temos tido no viver da igreja. Muitos, porém, desperdiçam essa oportunidade falando de coisas seculares, como carros, casa, emprego etc. Tudo isso são os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas, que impedem nosso crescimento em vida. 

Essas coisas impedem que nos aproximemos mais do Senhor. Essa é a situação real de muitos, por isso não crescem espiritualmente. Devemos ser diligentes, remir o tempo e tomar o reino dos céus por esforço (ou violência, segundo o original). Isso não quer dizer usar nossa força natural; pelo contrário, quer dizer que abrimos mão das coisas naturais e até mesmo somos “violentos” contra elas, a fim de desfrutar as coisas do reino dos céus.





Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

Vencer os cuidados do mundo e a fascinação pelas riquezas.

Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas (Sl 119:14).
Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem (Pv 11:28)

Mt 13:5-7, 20-22; 16:24-25; 1 Tm 6:10
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Para uma planta crescer, florescer e frutificar, ela também precisa receber luz solar suficiente. Igualmente nós, que cremos no Senhor, para que Sua palavra em nós plantada cresça e produza frutos, precisamos de uma luz muito especial, a luz do Sol nascente das alturas, que é o Senhor Jesus (Lc 1:78). Se nos falta a luz do Senhor, não conseguimos amadurecer. Quando, porém, a luz divina incide sobre nós, podemos frutificar. Graças ao Senhor, por meio dessa parábola somos bastante iluminados quanto a todos os impedimentos para a palavra do reino crescer em nós.
 
Nosso primeiro problema, o da dureza de coração, pode ser resolvido invocando o nome do Senhor. Assim, a “terra” de nosso coração é afofada. Quanto ao segundo problema: a vida da alma, representada pelas pedras ocultas na terra, vimos que essas devem ser tiradas uma a uma, rejeitando as opiniões, sofismas e arrazoamentos que procedem de nós mesmos (Mt 16:24-25). Em nosso viver na vida da igreja, estamos removendo as “pedras”, negando a vida da alma. Desse modo, podemos crescer para obter “a luz do sol”. Porém o inimigo, não satisfeito com isso, ainda tenta impedir o crescimento da Palavra em nós por meio dos “espinhos”.
 
O espinheiro é um mato e, como tal, cresce rápido e sem cuidado nenhum. Quando a semente germina e cresce em meio aos espinhos, no meio do mato, tem dificuldade de obter a luz do sol, pois o mato a bloqueia. Além disso, o espinho a sufoca, e a planta não consegue crescer e amadurecer corretamente para dar fruto.
Pela palavra do Senhor, os espinhos são “os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas” que “sufocam a Palavra, e fica infrutífera” (v. 22). As ansiedades ou os cuidados do mundo, que são as preocupações do dia a dia, e a fascinação das riquezas fazem com que muitos não consigam servir a Deus. Essas coisas os atam, amarram, ou seja, eles têm coisas demais para fazer no mundo, principalmente para o sustento do dia a dia. Quantas pessoas não conseguem vencer isso!
 
O que as pessoas mais buscam no mundo é o dinheiro. Essa é sua atividade principal. Quando nós, os filhos de Deus, nos preocupamos demasiadamente com os afazeres do mundo, passamos a nos envolver muito pouco com as coisas de Deus. Há algumas provações do mundo que conseguimos vencer, mas, com relação às riquezas materiais, muitos ainda são escravos. Estes sempre pensam: “Quero ter uma vida mais confortável”, porém, quando já conseguiram esse alvo, querem que ela seja mais confortável ainda. Quando ela já está muito confortável, ainda querem mais alguma coisa. Essa é a situação real de muitos cristãos.
 
Quando um jovem compra o primeiro carro, não tem muito dinheiro, por isso muitas vezes compra um carro usado. Isso resolve seu problema de locomoção, mas requer muita manutenção. Depois disso, ele percebe que precisa de um carro melhor que lhe dê menos despesas. Então dobra suas horas de trabalho para ganhar mais dinheiro, visando comprar um carro melhor e mais confortável. Isso é apenas um exemplo de como muitos ficam “sufocados” pelos cuidados do mundo e pela fascinação das riquezas. Todo cristão já passou por esse ciclo de provações.
 
Para solucionar esse problema, muitos apenas “cortam os espinhos”, mas esses cuidados são inúteis, pois o “mato”, volta a crescer sufocando-os. As coisas do mundo, as preocupações do dia a dia, crescem muito mais rápido que a vida de Deus em nós. O que devemos fazer não é apenas diminuir as despesas com coisas supérfluas, mas orar ao Senhor para que venha queimar as preocupações e o desejo por aquilo que não necessitamos. Desse modo, seremos libertos dos espinhos. Louvado seja o Senhor!



Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

05 dezembro, 2012

Refletindo...

O Ensinamento do Corpo de Cristo Versus Sua Realidade

Nos assuntos espirituais, o conhecer a doutrina sem ter consciência dela não serve de nada. Por exemplo, alguém pode dizer que mentir é um pecado que não se deve cometer porque lhe foi dito por outras pessoas que um cristão não deve contar mentiras. O tema verdadeiro aqui não é se é certo ou errado mentir, mas trata-se de saber se ele é ou não alertado interiormente quando conta uma mentira. Se ele não tiver consciência interior de que mentir é pecado, então, por mais que ele confesse com a boca que mentir é um pecado, isso não lhe será de nenhuma utilidade. Ele pode dizer, por uma lado, que a pessoa não deve mentir, porém, por outro, ele mesmo não cessa de mentir.

O que é especial daqueles que têm a vida de Deus é que, quando mentem exteriormente, sentem-se mal interiormente, não porque saibam doutrinariamente que mentir é errado, mas porque se sentem desconfortáveis interiormente ao mentir. Isto é o que realmente significa ser chamado cristão. O que caracteriza um cristão é uma percepção interior desta consciência de vida da qual estamos falando. Aquele que não tem vida e consciência interior não é um cristão. As regras externas são meramente normas, não vida.

Digamos que seja completamente inadequado que alguém fale: “Eu conheço o ensinamento sobre o Corpo de Cristo; portanto, não devo me mover de maneira independente”. Esta pessoa necessita ter também uma consciência interior além deste ensinamento. Suponhamos que ela diga que não deve ser independente, porém, quando atua de modo independente, ela mesma não se dá conta desta independência. Com isso, ela prova que nunca viu o Corpo de Cristo. Isso não significa que ela nunca tenha ouvido os ensinamentos sobre o Corpo de Cristo, mas simplesmente indica que nunca viu sua realidade.

Ouvir o ensinamento sobre e ver a realidade do Corpo de Cristo pertencem a duas esferas totalmente diferentes. Ouvir o ensinamento sobre o Corpo é meramente uma compreensão exterior de um princípio, enquanto ver o Corpo de Cristo produz uma consciência interior. Isto é semelhante à situação em que o mero ouvir a doutrina da salvação somente dá à pessoa o conhecimento de como Deus salva os pecadores, com tudo é a aceitação do Senhor Jesus como Salvador o que cria dentro da pessoa uma percepção de Deus, bem como a consciência do pecado. Que grande diferença existe entre essas duas coisas!

Por conseguinte, não devemos menosprezar esse assunto da consciência da vida, no sentido de que se trata não apenas de uma sensação exterior, mas também de um sentimento interior. Uma consciência como essa é a expressão da vida. A presença ou ausência dessa consciência revela a realidade ou a falta de realidade que há no interior. Ela nos ilumina sobre a existência ou não da vida de Cristo interiormente.

A consciência da vida é algo distintivo que habilita você a saber espontaneamente sem necessidade de ser informado. É demasiado tarde se você necessita que primeiro lhe informe algo, para só então se dar conta de tal coisa. O que aconteceria se cada cristão necessitasse ser informado sobre o que é pecado e o que não deve fazer? E o que aconteceria, neste caso, se ninguém estivesse ao lado dele? O que aconteceria se você esquecesse do que lhe foi dito? Vemos que o cristão não atua de acordo com o que ouve exteriormente dos demais, mas é motivado pelo que lhe é dito interiormente. Dentro dele há uma vida – uma vida interior, uma consciência interior. Suas atitudes vêm do resplandecer interior da luz de Deus, vêm da vida no interior e não da informação exterior.

Quando nascemos de novo, recebemos uma vida muito real e, por isso, temos dentro de nós uma consciência muito real. A realidade de uma consciência assim, mostra a realidade da vida divina. Pedimos a Deus que seja misericordioso conosco afim de que sempre toquemos essa consciência da vida e vivamos nela. Também pedimos a Deus que nos conceda uma consciência rica, de modo que possamos ter uma percepção sensível em todas as coisas: que nos demos conta de Deus, do pecado, do Corpo de Cristo e de todas as realidades espirituais. Que Deus nos guie no caminho e glorifique Seu próprio nome!


 

(Texto extraído do livro “O Corpo de Cristo uma realidade” – Watchman Nee – Publicado pela Editora dos Clássicos)

Ser uma boa terra.

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida (Pv 4:23).

Rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade (2 Co 4:2)

Zc 7:12; Mt 13:1-8, 18-23
Alimento Diário Arvore da Vida Dong Yu Lan Bookafe Vida para todos ceape 

O segundo tipo de solo é uma terra onde há muita pedra, mas pouca terra. A semente precisa de uma terra que consegue reter umidade, certa quantia de água. Quando temos um solo pedregoso, há pouca terra e, por conseguinte, pouca água. Assim, se a raiz não consegue absorver água da terra, a planta procura absorver a umidade que está no ar, na superfície.
 
As pedras no solo representam pecados ocultos e coisas naturais ocultas em nosso coração, que o deixam duro (Zc 7:12). São pessoas que recebem a Palavra com alegria, mas não tem raiz em si mesmas, e ao chegarem as angústias e perseguições por causa da Palavra, logo se escandalizam (Mt 13:20-21).A semente da vida de Deus, apesar de brotar, não consegue crescer e amadurecer. Que fazer? Deixar a “planta” morrer pelo “calor do sol”? Não. Podemos orar: “Ó Senhor Jesus! O meu coração está cheio de pedras, está duro demais. Tenho tantas opiniões e argumentos naturais. Tem misericórdia de mim. Remove as pedras do meu coração. Quero que Tua vida cresça em mim”.
 
Em nós mesmos, ocultas no “solo” do coração, há muitas pedras. Quando tiramos uma, surge outra. Quando tiramos essa outra, há ainda outra. Mas, se estamos na vida normal da igreja, podemos continuar tirando as pedras. O modo de fazer isso é negar a vida da alma. Rejeitemos tudo aquilo que está escondido em nosso ser natural: opiniões, conceitos e arrazoamentos, que são como “pedras” impedindo o crescimento da vida de Deus em nós. Procedendo assim, pouco a pouco, nosso coração se torna uma boa terra, no qual a semente cresce normalmente.
 
O terceiro tipo de solo na parábola do semeador em Mateus 13 é aquele em que crescem os espinhos: “Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram” (v. 7). O Senhor mesmo explicou que “o que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera” (v. 22). A planta precisa da luz do sol para crescer, pois só consegue frutificar quando tem abundância da luz solar. A maioria das plantas não floresce ou dá fruto em ambiente fechado, dentro de casa. Na vida espiritual, os “espinhos” são uma estratégia do inimigo para impedir que “a luz do sol chegue até a planta”.
 
Existem vários tipos de semente. Existe a semente precoce, com ciclo, por exemplo, de quarenta dias de incidência direta da luz do sol. Existe a de variedade tardia, que precisa de um ciclo mais longo de incidência direta da luz do sol. Isso é importante para administrar o momento da colheita.
 
Igualmente nós, para amadurecer na vida divina, precisamos da luz direta do “sol”. Somente assim vamos florescer e frutificar. Cristo é o nosso “sol nascente das alturas” (Lc 1:78). Na comunhão com Ele, podemos crescer até alcançar a maturidade.
 
Graças ao Senhor, um dia vamos ter todo o nosso coração amolecido e livre de qualquer dureza ou insensibilidade. Teremos removidas todas as pedras ocultas, isto é, todas as coisas naturais de nossa alma caída; poderemos reter a “água” que Ele envia do céu e ainda seremos livres dos espinhos, ou seja, da preocupação com os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas. Desse modo, nosso coração se tornará uma “terra boa”, e o crescimento será normal.





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