12 fevereiro, 2013
As riquezas de Deus no nome do Senhor.
Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes (Jr 33:3).
Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade (Sl 145:18)
Mt 7:22; Rm10:12; 1 Co 1:2; 2 Tm 2:22
Após cessar a atuação pública dos doze apóstolos na questão do invocar o nome do Senhor, esse ministério foi transmitido a Paulo. Quando jovem, ele se chamava Saulo e, sendo um judeu zeloso da lei, depois da morte de Estêvão, pediu autorização dos principais sacerdotes de Jerusalém para perseguir, em outras cidades, os que invocavam o nome do Senhor (At 9:1-2). No caminho de Damasco, Saulo viu uma grande luz e percebeu que estava perseguindo o próprio Senhor. Ele se arrependeu e, ajudado por Ananias, foi batizado, invocando o nome do Senhor (22:12-16).
A partir de então, Paulo começou a pregar o evangelho e edificar as igrejas que estabeleceu, ajudando os irmãos em todo lugar a invocar o nome do Senhor Jesus (1 Co 1:2). Em sua segunda viagem, ele foi acompanhado por Silas, que era um dos principais líderes da igreja em Jerusalém (At 15:22). Ele havia sido enviado a Antioquia para entregar uma carta aos gentios. Após isso, ele deveria voltar a Jerusalém, mas não o fez. Antes, Silas seguiu viagem juntamente com o apóstolo Paulo. Como ambos seguiam a direção dada pelo Espírito, foram muito bemsucedidos. Eles obedeceram a visão que os conduziu à Macedônia, tendo sido usados pelo Espírito para produzir a igreja em Filipos (At 16). Nessa mesma viagem, eles também levantaram a igreja em Corinto.
No final da segunda viagem de Paulo, ele passou em Jerusalém antes de voltar a Antioquia (18:22). Não sabemos o real motivo, mas na terceira viagem de Paulo, Silas não o acompanhou. Foi a penúltima viagem missionária do apóstolo Paulo, e Silas já não estava com ele. Devemos estar sempre sensíveis para nos voltar ao espírito, quando pregamos o evangelho. Se estivermos atentos ao sentimento da unção, poderemos realizar a obra de Deus com a liberdade do Espírito, sem necessidade de seguir qualquer tradição religiosa.
Nossa mente está sempre se agitando com vários pensamentos. Mesmo quando tentamos nos aquietar em comunhão, esses pensamentos fogem ao nosso controle e nos distraem. Graças ao Senhor, Ele nos mostrou um caminho simples de voltarmos à comunhão do espírito. Quando invocamos o nome do Senhor, somos libertos de toda inquietação e ansiedade. Podemos experimentar que o Senhor é rico para com todos os que O invocam.
Essa é a razão porque, mesmo depois de receber a salvação, continuamos a invocar o nome do Senhor, pois reconhecemos que dependemos e precisamos Dele constantemente. Quando invocamos o Seu nome, estamos no espírito e crescemos em vida. E quando a vida de Deus se manifesta, demonstramos amor pelos irmãos e por aqueles a serem alcançados na pregação do evangelho. Quanto mais invocamos o nome do Senhor, mais praticamos o amor fraternal.
Todavia vale ressaltar que apenas invocar o nome do Senhor “da boca para fora” não é aceitável a Deus. Em Mateus 7 é dito que o Senhor não aprova as obras que estão fora da vontade de Deus, mesmo quando feitas em Seu nome. Vamos prosseguir invocando o nome do Senhor com coração puro e, assim, fazer Sua vontade.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
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O ministério dos dozes apóstolos.
Acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (At 2:21)
At 2:1-1
Uma maneira simples e prática de sermos salvos e recebermos o suprimento da vida de Deus é invocar o nome do Senhor (Rm 10:12-13). No Novo Testamento, o ministério de invocar o nome do Senhor foi confiado, primeiramente, aos doze apóstolos. Em Atos, os cento e vinte galileus que eram discípulos do Senhor Jesus foram revestidos com Espírito de poder e passaram a falar em línguas estrangeiras. Em razão desse sinal, vários judeus oriundos de diferentes nações passaram a prestar atenção na palavra falada por Pedro, pois ouviam falar as maravilhas de Deus, cada qual em sua própria língua materna.
Conforme a pregação ministrada por Pedro, esse era o cumprimento da profecia de Joel, segundo a qual, nos últimos dias, o Senhor derramaria do Seu Espírito sobre toda a carne (2:28-31). Em razão do derramamento do Espírito, haveria vários sinais, como sonhos, visões e também o falar em línguas.
Esses sinais são manifestações exteriores do Espírito e podem ser encontrados entre muitos filhos de Deus, mas, para se obter a vida de Deus, a profecia de Joel concluiu dizendo que é necessário invocar o nome do Senhor: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (v. 32; At 2:21). Quando uma pessoa crê em seu coração que Jesus Cristo é o Senhor e confessa esse fato com sua boca, ela recebe o Espírito e é salva em seu espírito (Jo 3:3). Quando nascemos do Espírito, recebemos a vida divina. Porém é fundamental, após sermos salvos, continuarmos a invocar o nome do Senhor, para ganharmos mais da Sua vida.
Pedro expôs aos varões judeus e a todos os habitantes de Jerusalém que o mesmo Jesus a quem haviam crucificado cinquenta dias antes, Deus O fez Senhor e Cristo (At 2:36). Diante disso, muitos israelitas tiveram o coração quebrantado e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos o que deveriam fazer. Pedro lhes disse que se arrependessem e fossem batizados em nome do Senhor Jesus. Naquela ocasião, cerca de três mil pessoas foram salvas em Jerusalém (vs. 37-41). Posteriormente o número subiu a quase cinco mil (4:4).
A partir de então, o nome do Senhor era propagado, e o número de cristãos crescia e se fortalecia. Eles partiam o pão de casa em casa, tomavam suas refeições com alegria e perseveravam em oração e no ensinamento dos apóstolos (2:42-47). Nesse momento, passou a haver grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Podemos inferir que aqueles que invocavam o nome do Senhor publicamente eram perseguidos (9:21). Todos foram dispersos, exceto os apóstolos, que permaneceram na cidade. Nessas circunstâncias, os que insistiam em invocar o Senhor tiveram de sair de Jerusalém e foram anunciando a palavra de Deus por outros lugares.
Provavelmente os que permaneceram em Jerusalém invocavam o nome do Senhor apenas ocultamente, pois eles continuaram a se reunir e orar nas casas (At 12:12). Mesmo que os apóstolos tenham permanecido em Jerusalém para apascentar os cristãos que ali estavam, por fim, eles foram perdendo o impacto e a ousadia do início, e o ministério de invocar o nome do Senhor acabou sendo transmitido a outro.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
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10 fevereiro, 2013
O final do ministério de Paulo.
Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3:12-14)
2 Tm 1:15; 4:7-8
Durante seu aprisionamento e depois de realizar algumas viagens, Paulo escreveu suas últimas quatro epístolas: duas para Timóteo; uma para Tito; e outra aos Hebreus. As cartas dirigidas a Timóteo e Tito tratam dos desvios causados pelas doutrinas de homens e degradação da igreja. Paulo exorta seus cooperadores a cumprirem seus ministérios, mantendo-se firmes na graça, mesmo diante dessas adversidades.
Embora não seja assinada, todos os estudiosos da Bíblia concordam que a carta escrita aos Hebreus também foi redigida por Paulo. Nessa carta ele testemunha sobre o mundo que há de vir, que Deus irá sujeitar ao homem. Também atesta a superioridade do Senhor Jesus, nosso Sumo Sacerdote, que intercede por nós junto ao Pai. Cristo está acima da lei de Moisés, sendo a realidade de todas as sombras e figuras do Antigo Testamento. Nele todas as promessas de Deus já foram cumpridas.
Infelizmente no final de sua vida, ao completar seu ministério, algumas igrejas não estavam em uma situação boa. Ele mesmo afirma que todas as igrejas da Ásia o haviam abandonado (2 Tm 1:15). Embora as igrejas estivessem nessa situação Paulo completou sua carreira, conforme disse em sua última epístola: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (4:7-8). Ele concluiu seu ministério epistolar e, sendo fiel a Deus, transmitiu toda a revelação que havia recebido.
Louvado seja o Senhor! Quanto à edificação da igreja o próprio Senhor pessoalmente se encarrega de realizá-la, pois Ele mesmo disse que edificaria Sua igreja (Mt 16:18). Não importam quantas falhas existam nem mesmo quão degradada esteja uma igreja, Aquele que fez a promessa é fiel e cumprirá Sua palavra.
O final do ministério de Paulo nos deixa muitas lições para praticarmos. Precisamos tomá-lo como modelo de perseverança e viver cristão, mas também aprender com seus erros (Fp 3:12-14). Vamos prosseguir; vamos avançar para o alvo! Aleluia!
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
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A revelação neotestamentária nos escritos de Paulo.
Por esta causa eu,
Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios, se é que
tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a mim confiada para vós
outros; pois, segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme
escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o
meu discernimento do mistério de Cristo (Ef
3:1-4)
At
19:22; 23:23-24; 25:11; 28:30; 1 Pe 5:12
Depois que Paulo foi preso em
Jerusalém, os judeus continuavam planejando matá-lo. Por causa disso ele foi
levado para Cesaréia (At 23:23-24). Ali estavam os governantes da Judeia, que o
inquiriram sobre o que havia acontecido. Depois de apresentar sua defesa diante
das autoridades locais, tendo respondido às acusações feitas contra ele, Paulo
apelou para César, pois ele era cidadão romano (25:11). A partir de sua prisão
ele passou a desenvolver o aspecto epistolar de seu ministério.
Naquele momento Paulo estava
sozinho. Timóteo havia ficado na Macedônia (19:22), e Silas já não estava mais
ao seu lado – tempos mais tarde vemos que Silas foi para Babilônia servir ao
lado de Pedro (1 Pe 5:12). Deus não permitiu que o ministério de Paulo
terminasse, pois ainda era necessário que ele escrevesse as revelações que lhe
havia confiado. Por esse motivo, o Senhor permitiu que Paulo prosseguisse seu
ministério por meio das epístolas, nas quais ele discorreu acerca da economia
neotestamentária.
Depois de ter apelado para
César, ele ficou muitos anos preso em Roma, onde alugou uma casa na qual
aguardava o dia de seu julgamento, e nela recebia as pessoas que o visitavam (At
28:30). Após algum tempo, ele recebeu autorização de Roma para visitar algumas
igrejas. Por esse tempo, ao retornar de sua quarta viagem para Roma, escreveu as
epístolas aos efésios, colossenses, filipenses e a Filemom.
A Epístola aos Efésios possui
um resumo de toda revelação que Paulo havia recebido de Deus. Nela escreveu
sobre a economia neotestamentária de Deus: o conteúdo da fé cristã, que inclui:
o trabalhar do Deus triúno no homem tripartido, a predestinação e a plena
filiação, a redenção, a igreja, as bênçãos espirituais, o viver cristão e o
Corpo de Cristo.
Na Epístola aos Colossenses,
ele destaca Cristo como o mistério de Deus (2:2), revelando todas as Suas
riquezas. Aos filipenses ele fala sobre nossa meta em alcançar o prêmio, nos
esforçando para reinar com Cristo, sendo aprovados por Ele no Dia do Juízo. Na
carta a Filemom vemos a importância de amarmos e cuidarmos de nossos irmãos,
independente das características que apresentem. Graças ao Senhor por todas
essas epístolas, pois por meio delas podemos compreender melhor a vontade de
Deus e praticá-la.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
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O perigo de não seguir o Espírito.
Cuidado que ninguém vos venha
a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens,
conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Cl
2:8)
At 18:22; 20:23; 21:4, 11-12,
18-26; Rm 9:1-3; 15:25-27, 30-31
Em sua segunda viagem
missionária Paulo estabeleceu igrejas em algumas cidades da Macedônia e Acaia,
começando pela igreja em Filipos, depois em Tessalônica, Bereia, Atenas e
Corinto. Em Filipos algumas pessoas receberam o evangelho com singeleza de
coração. Todos os que iam sendo salvos abriam seus lares para receber os irmãos.
Certamente a vida da igreja entre eles era praticada de modo muito simples, com
reuniões nas casas uns dos outros.
Ao vermos a simplicidade do
viver dos irmãos naqueles dias, precisamos considerar nossa atual situação.
Infelizmente existe muita tradição e formalidade entre nós. Nossos conceitos e
doutrinas nos impedem de viver a vida da igreja com a simplicidade e pureza que
havia na igreja primitiva. Que o Senhor tenha misericórdia de nós, fazendonos
voltar à simplicidade do primeiro amor e à prática das primeiras
obras.
Por alguma razão, ao final da
segunda viagem, algo mudou em Paulo. No término de sua segunda viagem ele não
retornou diretamente para Antioquia, igreja de onde havia partido, mas subiu à
Jerusalém e depois desceu para Antioquia (At 18:22).
Em sua passagem por Jerusalém,
viu a situação de escassez na qual viviam os irmãos, pois naqueles dias a região
da Judeia passava por um grande período de fome. É certo que isso trouxe
preocupação para Paulo, pois vemos que uma das metas de sua terceira viagem era
arrecadar ofertas para os irmãos em Jerusalém, mantendo a esperança de que esse
serviço melhorasse sua relação com os irmãos da Judeia (Rm 15:25-27, 30-31; 2 Co
8-9).
O enfoque de Paulo em sua
terceira viagem havia mudado. Antes ele cuidava apenas da pregação do evangelho
e do estabelecimento de igrejas. Mas agora ele passava pelas igrejas a fim de
arrecadar ofertas para Jerusalém. Nesse contexto o que se evidencia é o zelo de
Paulo e seu amor natural por seus compatriotas (Rm 9:1-3).
Enquanto desenvolvia essa
missão em cada cidade por onde passava, o Espírito o advertia de que ele seria
preso caso prosseguisse essa viagem (At 20:23). Além disso, os irmãos e os que
cooperavam com ele insistiram para que não subisse a Jerusalém (21:4, 11-12).
Paulo poderia ter confiado a entrega das ofertas para alguém, mas decidiu ir
pessoalmente a Jerusalém.
Ao chegar a Jerusalém, Paulo
não foi recebido da maneira como esperava. Embora tivesse a revelação da
economia neotestamentária de Deus, Paulo foi subjugado pela forte influência do
judaísmo ali e constrangido por Tiago a fazer voto de nazireu (vs. 18-26; Nm
6:13-17). Essas coisas acabaram trazendo prejuízo para seu ministério e poderiam
ter dado fim a tudo o que havia sido revelado a ele. Pela interferência divina,
no momento em que Paulo estava para findar os dias da purificação, quando faria
os sacrifícios relativos ao voto, o Senhor permitiu o surgimento de um grande
tumulto entre eles. Paulo quase foi morto pelos judeus, mas o Senhor o poupou, e
Paulo acabou sendo apenas aprisionado (At 21:27-36).
Impedido de realizar suas
viagens missionárias, Paulo não tinha mais como realizar seu ministério
edificador. Todavia Deus, em Sua misericórdia, ainda queria usá-lo para
desempenhar seu ministério no aspecto epistolar. Veremos mais sobre isso nos
próximos dias.
Ao servir o Senhor e realizar
Sua obra, sejamos cuidadosos em não permitir que nossas preferências, conceitos
e tradições nos impeçam de fazer a Sua vontade.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
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A obra realizada segundo a direção do Espírito.
À noite, sobreveio a Paulo uma
visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à
Macedônia e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir
para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o
evangelho (At 16:9-10)
At 15:1-2, 13, 19-22, 33-34;
16:1-15, 24-34, 40
Paulo iniciou seu ministério
edificador e, ao final de sua primeira viagem, havia levantado muitas igrejas
entre os gentios. No entanto alguns indivíduos desciam da Judeia e diziam a
esses irmãos que, se eles não se circuncidassem, segundo o costume de Moisés,
não poderiam ser salvos (At 15:1). Por essa causa houve grande discussão da
parte de Paulo e Barnabé com eles (v. 2). A questão teve de ser levada aos
apóstolos e presbíteros de Jerusalém, de onde se havia originado o
problema.
Mesmo diante dos apóstolos e
presbíteros, alguns fariseus que haviam crido afirmavam que os gentios deveriam
ser circuncidados e observar a lei de Moisés. Após vários debates, relatos e
considerações, os apóstolos, liderados por Tiago (v. 13), resolveram não impor
toda a lei mosaica aos gentios, mas lhes escreveram que se abstivessem de
algumas coisas (vs. 19-20). Ao final, determinaram que dois irmãos, sendo um
deles Silas (v. 22), acompanhassem Paulo e Barnabé até Antioquia para que a
carta fosse lida na igreja.
Após a leitura da carta em
Antioquia, Judas retornou para Jerusalém, mas pareceu bem a Silas permanecer ali
(vs. 33-34). Podemos inferir que Silas preferiu permanecer ao lado de Paulo por
perceber que ele seguia a direção do Espírito. Ele certamente pôde sentir a
diferença que havia entre a esfera celestial que prevalecia em Antioquia e a
esfera de tradições judaicas que prevalecia na igreja em Jerusalém.
Tendo Paulo se apartado de
Barnabé (vs. 36-39) e escolhido Silas, partiu para sua segunda viagem
ministerial. Eles foram primeiramente para Derbe e Listra, onde conheceram a
Timóteo (16:1). Acompanhado por Silas e Timóteo, Paulo realizou uma viagem
totalmente sensível à direção do Espírito. Por causa disso, eles puderam
discernir quando o Senhor os impedia de ir a algum lugar e também concluir que
direção deveriam tomar (vs. 6-10).
Em Trôade, depois de Paulo
receber uma visão de um varão macedônio pedindo ajuda, eles imediatamente
partiram para Macedônia, entendendo que essa era a direção do Espírito. A
primeira cidade em que aportaram foi Filipos (v. 12). Eles não conheciam ninguém
naquela região e não tinham para onde ir. Todavia o Senhor era com eles, e
saindo da cidade encontraram um lugar junto a um rio onde poderiam orar. Ali
encontraram algumas mulheres para quem pregaram o evangelho (v. 13). Dentre elas
havia uma vendedora de púrpura chamada Lídia (vs. 14-15), a qual, depois de ter
recebido a palavra que falaram, convidou-os a permanecer em sua casa. Foi nessa
casa que os irmãos de Filipos começaram a se reunir, e ali começou a igreja
naquela cidade (v. 40).
Depois desses fatos, Paulo e
Silas foram aprisionados após terem expulsado o espírito adivinhador de uma
jovem e provocado a ira dos que lucravam com ela (vs. 16-21). Estando presos,
foram açoitados e amarrados a um tronco pelos pés (v. 24). Mesmo diante dessa
situação, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores ao Senhor, quando um
terremoto os libertou de suas cadeias, bem como todos os que estavam naquela
prisão (vs. 25-26). Vendo o carcereiro que todas as celas estavam abertas, puxou
da espada com o fim de suicidar-se, pois era o responsável por aqueles presos,
“mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!
Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo,
prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse:
Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor
Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos
os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os
vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus” (vs.
28-33).
Tempos depois, já quase no
final de sua vida, Paulo escreveu uma carta à igreja naquela cidade, na qual ele
expressava a gratidão pelo amor e zelo daqueles irmãos, os quais se associaram a
ele na obra do evangelho e procuravam suprir as necessidades do apóstolo (Fp
4:10-17). Assim, a segunda viagem de Paulo foi totalmente guiada pelo Espírito,
pois ele aguardava em oração a direção que Deus lhe daria.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
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09 fevereiro, 2013
A revelação do ministério do Novo Testamento.
Fui constituído ministro
conforme o dom da graça de Deus a mim concedida segundo a força operante do seu
poder. A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos
gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a
dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as
coisas (Ef 3:7-9)
At 9:1-2, 14; 13:43; 22:3;
23:6; Rm 10:9-13; 1 Co 1:2; 16:5; Gl 3:2-3
Apesar da perseguição
deflagrada contra a igreja em Jerusalém, descrita em Atos 8, os doze apóstolos
permaneceram naquela cidade. Contudo eles já não podiam publicamente invocar o
nome do Senhor Jesus e, por essa razão, não puderam continuar desempenhando o
ministério que haviam recebido. Por isso Deus teve de transferir o ministério de
invocar Seu nome para Paulo, que nesse tempo ainda era chamado Saulo.
Ele era um jovem cheio de
capacidade, pois se avantajava aos demais de sua idade (Gl 1:14). Além disso,
ele era um fariseu (At 23:6), instruído por Gamaliel em toda lei judaica (22:3).
Ele era o principal perseguidor da igreja em Jerusalém. Tamanho era seu destaque
que o sumo sacerdote deu-lhe autorização para prender todos os que invocassem o
nome do Senhor (9:1-2, 14).
Porém, no caminho para
Damasco, o Senhor Jesus lhe apareceu, e, a partir desse momento, a vida de Saulo
mudou completamente; de perseguidor da igreja ele passou a ser um ministro de
Cristo.
Assim como Deus revelou o
ministério do Antigo Testamento para Moisés, durante quarenta dias e quarenta
noites, semelhantemente o Senhor equipou Paulo com a revelação completa do
ministério neotestamentário (2 Co 12:1-4). O desejo de Deus era que Paulo
transmitisse esses ensinamentos para as igrejas (Ef 3:7-9).
Em suas primeiras viagens,
Paulo foi acompanhado por Barnabé e João Marcos. Tendo passado por muitos
lugares, eles ensinavam os irmãos a perseverar na graça de Deus (At 13:43). Eles
foram perseguidos e maltratados, mas prosseguiam anunciando o evangelho por onde
passavam; não davam ênfase para estruturas ou edificações humanas, tampouco
ensinavam os irmãos a preocuparem-se com isso. Reuniam-se de casa em casa e
levavam as pessoas em todo lugar a invocar o nome do Senhor (1 Co 1:2; Rm
10:9-13; 16:5). Era dessa maneira que Paulo conduzia as pessoas ao Espírito (Gl
3:2-3), para viverem a vida da igreja. Aleluia! Que essa também seja a nossa
prática.
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Escrito por Dong Yu Lan
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A maneira de edificar o Corpo de Cristo.
Seguindo a verdade em amor,
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem
ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de
cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor
(Ef 4:15-16)
At 2:21, 42-47; 4:4, 12,
32-33; Ef 4:11-12
Em Atos 2, no dia de
Pentecostes, os discípulos do Senhor estavam reunidos em Jerusalém, quando todos
ficaram cheios do Espírito de poder e lhes foi dada a autoridade de falar a
Palavra. Naquele dia o apóstolo Pedro usou a profecia de Joel sobre os últimos
dias e mostrou que, para serem salvos, eles precisavam invocar o nome do Senhor
(v. 21). A partir daquele dia, os apóstolos receberam o ministério de invocar o
nome do Senhor, e, por terem observado fielmente as palavras do Senhor Jesus,
três mil pessoas foram batizadas em um só dia. Todos os que creram estavam
juntos e diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em
casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a
Deus e contando com a simpatia de todo o povo (vs. 42-47). Dessa maneira mais
pessoas eram salvas, totalizando, em poucos dias, quase cinco mil homens (4:4),
sem contar mulheres, crianças e velhos.
Por meio do nome do Senhor
Jesus muitos milagres aconteceram, e havia no meio dos irmãos um só coração e
uma só alma, a ponto de ninguém considerar exclusivamente sua nenhuma das coisas
que possuía. Mesmo sendo perseguidos pelo judaísmo, com grande poder, os
apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles
havia abundante graça (vs. 12, 32-33). Assim, crescia mais e mais a multidão de
crentes, tanto homens como mulheres. Desse modo, a igreja em Jerusalém teve um
início normal, com milhares de irmãos que invocavam o nome do Senhor. Essa é a
prática da vida da igreja revelada pelo Senhor em Mateus 16, pois, por meio de
invocar Seu nome, estamos no Espírito e podemos seguir o Senhor.
Com o passar do tempo os
homens foram adaptando a prática do viver da igreja às suas preferências e
escolhas. Por causa disso, muitos cristãos pensam que a igreja é um conjunto de
formas, doutrinas e templos físicos. Mas a revelação do Senhor da realidade da
igreja não se relaciona com templos físicos construídos pelo homem, tampouco com
doutrinas e tradições humanas, mas com um viver diário de seguir o Senhor (Mt
16:18, 24).
Ao lermos Efésios 4:11-12
vemos a maneira como o Senhor edifica Sua igreja: “E ele mesmo concedeu uns para
apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores
e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu
serviço, para a edificação do Corpo de Cristo”.
Deus confiou a um grupo de
servos a responsabilidade de aperfeiçoar os demais membros do Corpo de Cristo
para obra do ministério, ou seja, para o exercício de suas funções. Embora o
Senhor tenha designado alguns servos para aperfeiçoar os outros membros, Ele
concedeu dons a todos nós para que os usemos na edificação da igreja. Por isso
todos os membros devem funcionar, sendo auxiliados por aqueles que foram
designados por Deus para esse propósito. Assim vemos que a função dos apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e mestres nunca pode substituir o desempenho do
serviço dos outros irmãos.
Esse é a realidade prática da
vida igreja, onde somos aperfeiçoados para servirmos na edificação do Corpo de
Cristo em nosso viver familiar, social bem como em nossas reuniões. Em todo
lugar podemos viver essa realidade prática, invocando o nome do Senhor, negando
a nós mesmos e guardando Sua palavra.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
Cumprir fielmente a comissão de Deus.
Pela graça que me foi dada,
digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes,
pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um (Rm
12:3)
Mt 3:16-17; Jo 1:32-33; At
13:24-25
O ministério neotestamentário
está totalmente relacionado à pessoa do Senhor Jesus, pois foi estabelecido por
Ele mesmo. Pelo fato de tê-lo cumprido fielmente, segundo a vontade do Pai, o
Senhor Jesus foi o único considerado digno por Deus de abrir o livro e seus sete
selos; Ele é o Leão da tribo de Judá e a Raiz de Davi (Ap 5:5).
O Senhor Jesus é o primeiro
ministro do Novo Testamento. Apesar de João Batista tê-Lo precedido, ele apenas
preparou o caminho para o Senhor, propagando o fim da dispensação da era lei.
Por isso João, ao anunciar o evangelho, dizia: “Arrependei-vos, pois está
próximo o reino dos céus!”. Assim, todo aquele que recebe as palavras dessa
pregação deve estar preparado para a chegada do reino dos céus.
Agradecemos ao Senhor por
termos recebido o evangelho do reino. Por meio de Sua vida em nós, podemos
praticar e viver a realidade desse evangelho. Isso nos faz crescer em vida,
enchendo-nos do Espírito, para que, por fim, estejamos aptos para entrar na
glória do reino vindouro.
Precisamos sempre nos recordar
da experiência de João Batista. Embora tenha iniciado bem seu ministério,
preparando o caminho para o Senhor, após batizá-Lo, ele deveria tornar-se um
discípulo de Cristo. Ele testemunhou o Espírito Santo descer sobre Jesus em
forma de pomba, e ouviu uma voz dos céus que dizia: “Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo” (Mt 3:16-17; Jo 1:32-33).
A lição que podemos extrair
disso é que devemos fazer unicamente a vontade do Senhor, cumprindo a comissão
designada a nós, não fazendo nada além do que Ele determinou e não pensar de nós
mesmos nada além do que convém (Rm 12:3). João Batista sabia que deveria somente
preparar o caminho para o Senhor (Jo 1:23), e seu ministério deveria ter sido
concluído quando o Senhor Jesus iniciou Seu próprio ministério terreno (At
13:24-25). Contudo ele permaneceu com seu ministério particular e seu
discipulado, escolhendo não seguir o Senhor Jesus.
Que o Senhor tenha
misericórdia de nós, a fim de que nunca nos esqueçamos da comissão que nos foi
confiada. Devemos aprender a fazer todas as coisas exclusivamente segundo a
vontade do Senhor. Sejamos fiéis à Sua vontade seguindo-O e deixando de lado
nossas escolhas e preferências. Amém.
O ministério de invocar o nome do Senhor.
Ninguém pode dizer: Senhor
Jesus!, senão pelo Espírito Santo (1 Co 12:3b).
Deus o exaltou [Jesus]
sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua
confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai (Fp
2:9-11)
Gn 4:26; Sl 56:9; Jo 7:38-39;
Rm 10:11, 13
No início da vida da igreja,
não apenas os apóstolos tinham como característica ajudar as pessoas a invocar o
nome do Senhor para serem salvas (At 2:21, 38; 3:6; 4:10-12; 5:28; 7:49), mas o
ministério do apóstolo Paulo também foi marcado com essa característica. Paulo
recebeu essa comissão e desempenhou seu ministério (9:15-16, 27-28; Rm 10:12-13;
1 Co 2:2; 12:3; Fp 2:8-9; 2 Tm 2:22).
Graças a Deus, até hoje nós
permanecemos invocando o nome do Senhor, e por meio disso, somos conduzidos ao
espírito e entramos em comunhão com Deus. Embora, em princípio, essa prática
possa nos parecer mecânica em alguns momentos, devemos prosseguir invocando o
nome do Senhor de coração, pois em algum momento "tocaremos" a vida de
Deus.
Posso testificar que o nome do
Senhor nos traz o acréscimo da vida de Deus. Isso tem acontecido desde o início
da obra do ministério nas igrejas da América do Sul, por mais de quarenta anos.
No passado, levamos um grupo de jovens de Ribeirão Preto a invocar o nome do
Senhor e eles perceberam que essa prática os ajudava a ganhar mais da vida de
Deus. Como permaneceram invocando o nome do Senhor, a vida divina cresceu
visivelmente neles.
Invocar o nome do Senhor
possibilita o fluir da vida de Deus de maneira mais eficiente do que quando só
transmitimos ensinamentos (Gn 4:26; Sl 56:9; Jo 7:38-39). O Senhor é a origem de
tudo, por isso nós invocamos o Seu nome. Quando praticamos isso, ganhamos a vida
de Deus e também somos enchidos com Seu amor para amarmos os irmãos e aqueles a
quem pregamos o evangelho. Graças a Deus, nos foi confiado o ministério de
invocar o nome do Senhor Jesus. Vamos prosseguir praticando esse ministério para
desfrutarmos de todas as riquezas do Senhor (Rm 10:12)!
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
Guardar a pura Palavra de Deus.
Lançai fora o velho fennento,
para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento (1 Co 5:7a).
Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com
mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa
alma (Tg 1:21)
Êx 12:8; Mt 13:33; 16:12,
18-23; At 2:42-47; Ef 4:12; Ap 3:8
Para praticarmos o
ministério neotestamentário, além de nos arrepender, precisamos invocar o nome
do Senhor e guardar Sua Palavra (Ap 3:8). Durante a história da igreja, houve
períodos em que se perdeu a prática de invocar o nome do Senhor. A Palavra de
Deus também foi misturada a ensinamentos de homens, conforme descreve a parábola
de Mateus 13:33. As três medidas farinha, que representam a Palavra de Deus,
receberam uma parte de fermento, que representa os ensinamentos dos
homens.
No Antigo Testamento, foi
ordenado ao povo de Israel que se alimentasse de pães asmos, isto é, sem
fermento (Êx 12:8). No Novo Testamento, o Senhor continua nos admoestando a nos
acautelarmos do fermento, não de pães, mas sim do que se refere aos ensinamentos
tradicionais e religiosos.
Em Mateus 16 o Senhor Jesus
faz uma importante advertência acerca da doutrina dos fariseus e saduceus nos
versículos que antecedem a revelação da igreja. Devemos dar atenção ao versículo
12, porque ele nos direciona a compreender os versículos seguintes. O Senhor nos
exorta a rejeitar os ensinamentos que não se originam da pura Palavra de
Deus.
Quando, no versículo 18, o
Senhor fala que edificará a Sua igreja, Ele não está se referindo a uma
instituição, organização hierárquica ou prédio. Antes, Ele se refere ao Seu
Corpo. Antigamente, achávamos que a igreja era o local de reuniões. Porém,
conforme lemos em Efésios 4:12, a edificação da igreja é a edificação do Corpo
de Cristo; para isso, o que importa é o acréscimo da vida de Deus, não formas
exteriores ou doutrinas.
Por melhores que sejam nossas
opiniões ou experiências, não devemos enfatizá-las em detrimento do encargo do
Senhor, porque, dessa forma, elas se tornarão uma mistura de "fermento" que nos
desvia da pura Palavra de Deus. Noutras palavras, devemos negar a vida da alma,
não somente no seu aspecto mau, mas também no aspecto bom (Mt
16:22-23).
No versículo 18, o Senhor
menciona a autoridade da igreja. Essa autoridade não é institucional, mas está
relacionada com as chaves do reino dos céus, concedidas a quem nega a vida da
alma e cresce na vida divina. O próprio Senhor abrirá a porta do reino dos céus
a quem nega a si mesmo. Por outro lado, se não negamos a vida da alma, impedimos
o crescimento da vida divina, e a porta do reino ficará fechada para
nós.
Nesse contexto, a vida da
igreja não é uma organização baseada em um ensinamento, mas um viver prático.
Foi dessa maneira que a igreja se iniciou em Jerusalém. Os primeiros cristãos
invocavam o nome do Senhor e partiam o pão de casa em casa, tendo comunhão na
Palavra de Deus e perseverando em oração (At 2:42-47). Nós também devemos
permanecer invocando o nome do Senhor e apascentando uns aos outros, na prática
do amor fraternal. Além disso, devemos apascentar e alimentar nossos conservos,
não com o pão levedado de fermento, mas com a genuína Palavra de Deus.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
A necessidade de arrependimento.
Depois de João ter sido preso,
foi Jesus para a Galileia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está
cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho
(Mc 1:14-15).
Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora,
porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam (At
17:30)
Rm 8:4-11; 12:2
Desde João Batista, que
pregava o arrependimento para o batismo com água, Deus tem buscado preparar Seu
povo para o reino dos céus. Essa preparação ocorre pelo arrependimento que, na
prática, significa renunciarmos a vida da alma, esvaziando-nos do velho homem e
seus conceitos. No Evangelho de Mateus, vemos que o Senhor pregou o
arrependimento e levou Seus discípulos a fazerem o mesmo.
O arrependimento não é apenas
uma mudança de mente, pois pela prática atestamos que seu significado é mais
profundo. Arrepender-se é esvaziar-se a fim de negar a vida da alma. Essa
operação não ocorre apenas na mente, mas em toda a nossa alma, que é composta de
mente, vontade e emoção. Em Romanos 8:10-11, vemos que, quando recebemos Cristo,
nosso espírito ganha vida e até mesmo nosso corpo mortal ganhará vida, por meio
do Seu Espírito, que em nós habita. Isso significa que nascemos de novo,
nascemos do Espírito e nos tornamos filhos de Deus. Além disso, no versículo 6,
lemos que a alma também obtém vida e paz, quando inclinada para o Espírito.
Nesse contexto, os itens mais importantes são Espírito e vida.
A mudança de mente a que se
refere o arrependimento não é sermos convencidos de um ponto de vista diferente
do nosso, mas sim termos a mente transformada pela vida de Deus. Em Romanos
12:2, Paulo nos mostra como ocorre a transformação da alma: "E não vos
conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".
Isso significa que, pela vida de Deus, somos renovados em nosso entendimento,
não nos deixamos ser influenciados pela vida da alma, mas sempre buscamos
negá-Ia, a fim de nos prepararmos para o reino.
Ainda hoje devemos reconhecer
que não estamos preparados para a manifestação do reino dos céus, porque ainda
não temos praticado suficientemente a Palavra. Por isso o Espírito nos fala
repetidamente sobre a necessidade de a praticarmos. Não devemos nos incomodar em
ser admoestados para negar a nós mesmos e nos arrepender, porque, de fato, o
reino dos céus está próximo. Essa é a pregação e a prática do evangelho do
reino. Vamos reconhecer nossa real necessidade e dar importância àquilo que, aos
olhos de Deus, é essencial para nós: arrependermo-nos para entrar no reino dos
céus.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
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